Agamia é tendência de relacionamento entre a nossa galera da Gen Z
A visão sobre casamento, filhos e família mudou muito e novas formas de se relacionar e pensar no futuro surgiram
ma nova forma de relacionamento tem conquistado adeptos da Geração Z: a agamia. A palavra vem do grego: “a” (não ou sem) e “gamos” (união íntima ou casamento). Ela traduz a falta de interesse dos jovens em ter um relacionamento romântico e fixo com outra pessoa ou de ter filhos.
Por muito tempo, namorar, casar e ter filhos – nessa ordem e de forma bem tradicional – era quase uma trajetória incontestável para jovens adultos. Hoje já não é mais assim: novos tipos de vínculo social e configurações de famílias mais distintas viraram realidade.
A maneira que a nossa galera mais jovem enxerga o amor, relacionamento e futuro é bem diferente das gerações passadas – começando pelo desapego em relação a compromissos legais, como o casamento. A professora Heloisa Buarque de Almeida, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, ressalta, em entrevista ao Jornal da USP, que as novas gerações buscam outras formas de relacionamentos, além do tradicional.
Sobre a escolha de muitos de não ter filhos, a pesquisadora analisa que a nossa galera está preocupada com questões, como a preservação do planeta, aquecimento global, e a sustentabilidade. Ela atribuí as mudanças também ao fato que os jovens estão imersos no meio digital e isso influência também na decisão de iniciar a vida sexual mais tarde.
Neste outro texto aqui, discutimos por que a nossa galera tem adiado a primeira vez e feito menos sexo. Um dos pontos levantados é de que antes o sexo tinha como único intuito a procriação, limitando-se a um sexo penetrativo dentro de uma relação heterossexual. Agora, com uma maior aceitação de outras orientações sexuais, as novas gerações valorizam outras formas de relação sexual também.
“As novas famílias estão tendo uma nova formação, com dois pais, duas mães, casais vivendo em casas separadas, são inúmeras as alternativas de relacionamento”, afirmou Heloisa ao Jornal da USP, destacando que esse comportamento não é exclusivo do Brasil e que outros países da América Latina também passam por essa mudança, assim como Estados Unidos e Japão.
Importante: quando falamos sobre as diferenças geracionais, estamos nos referindo a tendências que são percebidas em um grupo da mesma época. Mas não dá para generalizar, ok? Você pode se encaixar ou não em alguns aspectos da sua geração e tudo bem. Nós, inclusive, preparamos um teste para você descobrir se combina com sua geração ou tem mais afinidade com outra época. Faça aqui e descubra!