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Dating déjà vu: por que nos envolvemos sempre com o mesmo tipo de pessoa?

Se você tem repetido padrões de relacionamento, este texto vai te ajudar a entender a lógica por trás e como lidar com isso

Por Bruna Nunes Atualizado em 29 out 2024, 18h15 - Publicado em 4 out 2023, 19h21

Quem nunca teve um ‘Déjà vu’ – aquela sensação de estar vivendo algo que já presenciou ou sonhou? Podemos não perceber tão rápido, mas isso também acontece com relacionamentos. Sabe quando você acaba se envolvendo com alguém muito parecido com seu/sua ex e pensa “eu já vi esse filme antes”? Pois é, agora existe mais um termo para definir essa situação: o ‘Dating déjà vu’, e ele explica muita coisa!

Jessica Maxwell, Pesquisadora e Psicóloga social da universidade McMaster em Ontário (Canadá), é uma das especialistas envolvidas no assunto e explicou à BBC News, que a essa teoria, confirma que, sim, é normal que as pessoas tenham um tipo definido. Isso automaticamente faz com que se relacionem com pessoas parecidas, tanto em personalidade, quanto em aparência. “É verdade que algumas pessoas tendem a sair sempre com o mesmo tipo de parceiro e são atraídas pelo mesmo tipo de padrão de namoro”, explicou. 

Mas isso é negativo? Bom, depende do padrão de relacionamento que está sendo repetido. Se as características semelhantes forem legais, isso pode apontar que a pessoa sabe o que valoriza nos relacionamentos e busca atitudes legais. Mas é claro: nem sempre as pessoas se envolvem e repetem ciclos benéficos. O problema é quando alguém sempre acaba se envolvendo com parceiros ou parceiras com traços tóxicos, né? 

Teoria do Apego explica por que algumas pessoas “insistem no erro”

Como já conversamos, na maioria das vezes, o termo ‘dating déjà vu’  é usado quando alguém se envolve de novo, em uma relação tóxica ou negativa. E sim, bate aquela indignação: “como fui me envolver DE NOVO com alguém assim?”. E para isso, existe uma explicação: a Teoria do Apego.

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Pensada pelo psiquiatra e psicanalista britânico John Bowlby (1907-1990), essa teoria defende que nossos gostos para relações futuras são definidas desde a juventude, e se moldam de acordo com a nossa criação. Podemos destacar os cinco principais tipos:

  • Seguro: Quando sua base foi uma base saudável, acolhedora e adequada às suas necessidades, logo se apega em que oferecer isso;
  • Evitante: Você tenta evitar e manter distância de quem está apegado;
  • Desorganizado: Você não tem um um padrão claro;
  • Ambivalente: Você tem resistência de se entregar por não ter tido isso quando era mais jovem;
  • Ansioso: Quando sua base foi inconstante e distante, você busca suprir isso em seus relacionamentos, apegando-se em “qualquer” demonstração de afeto. 

Ainda de acordo com Jessica Maxwell, esses contextos familiares podem influenciar as pessoas a entrarem em relacionamentos tóxicos ou não, assim como a baixa autoestima, que impede de ver o que realmente merece dentro de uma relação. E nós sabemos que a partir do momento que se entra em uma relação desse tipo, existe uma série de manipulações que faz com que fique difícil de sair, né?

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Portanto, se você percebeu que está repetindo padrões, é importante olhar para sua história e seus sentimentos para entender a origem disso. Muitas vezes, viver neste ciclo pode te impedir de se abrir para viver relações diferentes, leves e novas. Para quebrar esse looping, é importante investir em autoconhecimento e autocuidado e ter em mente o que você não quer mais na sua vida.

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