Diário de Intercâmbio: a parte ruim é que, uma hora, acaba

É hora de se despedir da Marcela Bonafé, nossa intercambista no Canadá que dividiu suas aventuras com a gente durante seis meses!

Por Marcela Bonafé 2 fev 2018, 17h02
Promoção CAPRICHO Volta às Aulas 2018
Divulgação/CAPRICHO

Desde o começo, soube que esse momento seria o mais difícil: a volta para casa. É claro que eu estou muito feliz em saber que, no final de semana, vou reencontrar minha família e meus amigos. Afinal, estou morrendo de saudade deles! Mas não posso negar que está me dando um aperto enorme no coração saber que o meu intercâmbio no Canadá chegou ao fim.

Parece que foi ontem que eu cheguei ao aeroporto de Montréal e pensei, com medo: “o que estou fazendo aqui sozinha?!”. As pessoas mais próximas de mim sabem que o principal motivo para eu ter vindo para cá era recomeçar, me reencontrar. De 2016 para 2017, comecei a lutar contra a depressão e, no fundo, esse intercâmbio foi como o ápice dessa batalha que, hoje, dou quase por vencida.

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What a year 💙

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Podemos dizer que foi um intercâmbio não apenas para aprender coisas novas, mas para reaprender coisas antigas também. Eu reaprendi a ficar sozinha, a gostar de mim mesma, a ter mais coragem, a acreditar, a enxergar a beleza nas pequenas coisas do dia a dia. Coisas que eu tinha esquecido o quanto valiam a pena… E agora sei que preciso levar tudo isso comigo de volta para o Brasil.

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A verdade é que estou com medo, assim como estava quando vim para cá. Quem já viveu essa experiência sabe que, depois de tanto tempo vivendo um sonho (foram quase seis meses longe!), voltar para a realidade pode ser um tapa na cara, um choque de realidade. Sei que, no começo, vou sofrer um pouco. Mas quer saber? Acho que só preciso entender que essa viagem foi uma fase.

E foi uma etapa muito, muito feliz! Arquivo Pessoal/Reprodução

Afinal, a vida é assim mesmo, feita de etapas. Às vezes, a gente precisa finalizar algumas para que outras possam começar. Eu fiz uma pausa no meio da faculdade para esse intercâmbio e agora está na hora de voltar e terminar o que eu deixei em aberto. Só assim vou poder seguir novos objetivos.

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No fim das contas, o intercâmbio foi (e é para todo mundo) um passo. Mais um passo rumo ao futuro que quero construir. Conheci pessoas incríveis que um dia quero visitar; aprendi um idioma novo, o que é bom para o meu futuro profissional; precisei fazer decisões e me virar sozinha, o que me prepara para os desafios da vida; tive que cuidar mais de mim mesma, coisa que, às vezes, a gente esquece na correria rotineira; aumentei minha certeza de que quero morar em outro país; e ainda me apaixonei por alguém que vai comigo para o Brasil!

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Je t'aime de plus en plus chaque jour, Montréal! ❤️

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Muitas coisas que eu esperava e tantas outras que nunca imaginei aconteceram durante esse pedaço de futuro que construí aqui no Canadá. Eu volto, sim, mas comigo levo uma bagagem enorme (real e metaforicamente falando), uma série de aprendizados, muita motivação e, acima de tudo, memórias. Algumas, inclusive, já lideram o ranking das melhores que criei nesta vida! E como fiz desde o primeiro post aqui no blog da CAPRICHO, incentivo cada pessoa que pensa em se aventurar em um intercâmbio a viver essa experiência, não importa se com 15, 25, 35… 75 anos! A experiência é diferente para cada um, certamente, mas uma coisa é certa para todos: ela traz um mundo de coisas incríveis para a vida, antes, durante e depois do embarque.

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Muito obrigada a todo mundo que acompanhou minhas aventuras por aqui! Foi um prazer poder compartilhar com vocês essa etapa tão maravilhosa. E, se quiserem continuar conversando comigo sobre intercâmbio, podem me chamar nas redes sociais que vou amar, viu? <3

Salut!

Ma Bonafé

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