Diário de Intercâmbio: como é morar em uma residência estudantil?

Para Catharina Doria, nossa intercambista na Espanha, a experiência não foi das melhores...

Por Catharina Doria Atualizado em 31 Maio 2018, 20h00 - Publicado em 31 Maio 2018, 20h00

Ô, assunto complicado, viu? Já de cara vou contar que a minha experiência morando em uma residência estudantil não foi das melhores. De início, fiz essa escolha porque estava nervosa de não me adaptar. Já que eu estava mudando de país, eu pensei que o recomeço seria mais fácil se eu morasse em um lugar que já tivesse tudo pronto para mim: limpeza de quarto, jantar, contas de luz e água inclusas, etc. O plano parecia perfeito na minha cabeça, mas, no final, ele não deu certo. A seguir, listo três coisas que eu gostaria que alguém tivesse me falado antes de eu decidir ou não morar em uma residência estudantil.

Com uns aspargos na mão…. Você é o que você come afinal, né? (risos) Reprodução/Reprodução

1. É um local muito, mas muito barulhento
É sério, dá vontade de escrever isso em um cartaz bem grande e colocar na Lua para que todos os intercambistas vejam! Em uma residência estudantil moram por volta de 100 a 200 estudantes, entre de 18 e 20 anos. É muito adolescente morando em um só lugar. Aqui, cada um tem o seu quarto, mas todo mundo sempre faz festinha no quarto de alguém. Resultado? Muito barulho. Fica muito difícil de dormir, de se concentrar ou de fazer qualquer coisa que precise de um pouco mais de foco. Também é chato porque todo mundo sempre reclama do barulho alheio e acaba virando uma guerrinha de quem faz barulho e quem reclamou do barulho. Eu estava aprendendo a tocar o ukulele e, vejam só, reclamaram do barulho! (risos)

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2. A comida não é tão saborosa assim
Eu sei que nada se compara a comida de casa, eu sei disso, eu juro! Eu vim preparada para comer pedra, porque eu já sabia que a janta não ia ser das melhores. Mas não é que a comida foi pior do que eu pensava? Os legumes todos moles, a carne vermelha com gosto de peixe e tudo com queijo vira doce. Eu juro, juradinho, que eu já comi comida da terra, mas comida de residência estudantil é complicado. Não sou frescurenta e também entendo o lado deles. Não deve ser fácil cozinhar pra 100 pessoas, para 100, 200 pessoas todos os dias. Outra coisa que acontece é que a galera acaba comendo muita porcaria e delivery, e isso não é nada legal para a saúde. Minha dica é sempre comprar umas frutas no mercado e umas saladinhas já prontas para se a janta, se você não estiver muito a fim dela.

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3. Não poder cozinhar é realmente triste
Pelo menos, para mim, esse é o pior ponto da residência estudantil. Eu sempre amei cozinhar e fazer vários pratos doidos misturando um monte de coisas! Normalmente, porém, na maioria das residências estudantis, a cozinha é só permitida para quem trabalha. Isso significa que nós, como estudantes, não podemos cozinhar. Isso é ruim porque não temos a opção de preparar algo mais saudável ou do nosso gosto. Poder cozinhar um brigadeiro delicioso ou um strogonoff de lamber os dedos faz toda diferença e ajuda muito quando a gente sente saudade de casa… Pode acreditar: a falta de uma cozinha pode deixar a distância ainda mais dolorosa.

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Obviamente, que existem vários lados positivos de morar em uma residência estudantil como morar perto dos seus amigos, ter segurança e as contas pagas! Apesar de reclamar muito sobre a residência, eu voltaria sim e faria tudo de novo!
Por que? Eu te conto no próximo post.

Beijos, amores
@cahdoria

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