‘Guerreiras do K-pop’ provam que ser forte também é pedir ajuda

Animação da Netflix mostra como confiar na sua rede de apoio e dividir os seus problemas pode ser a chave para se resolvê-los

Por Mavi Faria 11 out 2025, 20h00
D

os virais de dança, de canto, das reações aos clipes da música até na decoração de festas infantis, é inegável que Guerreiras do K-pop é uma febre. A animação da Netflix está dominando as redes sociais e as plataformas de música. Para se ter uma ideia, a canção Golden do grupo fictício HUNTR/X chegou a assumir o topo da lista da Billboard hot 100, sendo o primeiro grupo feminino a conquistar esse feito em 24 anos, após o Destiny’s Child, grupo que Beyoncé fazia parte. 

Contudo, não é só pela música que Guerreiras do K-pop merece ser assistido por toda a família e amigos. No filme, Rumi, Mira e Zoey vivem uma vida dupla: são o maior grupo de k-pop do mundo e também são guerreiras, destinadas a cuidar do planeta e impedir que os demônios se alimentem da alma dos humanos. Para isso, elas usam a voz e as músicas para fortalecer uma rede de proteção mágica, o Honmoon, ativada por meio do canto.

Atenção, a partir de agora iremos comentar situações do filme que contém spoiler! 

Quando essa barreira mágica está quase selada, é revelado que Rumi é metade guerreira e metade demônio, e ela passa a lutar contra as marcas na pele que indicam este outro lado sombrio. O conflito da protagonista é marcado por vergonha de quem é e desespero para fechar a proteção e expulsar as marcas que ela tanto detesta e odeia. A questão é: quanto mais ela luta contra quem ela é, mais sua voz parece se perder. 

Continua após a publicidade

No meio dessa angústia, as amigas e companheiras de palco e batalha estranham o comportamento de Rumi sem saberem o que está realmente acontecendo, já que, pela vergonha e medo da reação delas, a protagonista esconde tudo para si, e esse talvez tenha sido seu maior erro.

Quando tudo sai de controle e os demônios quase se alimentam de todas as almas, é com o apoio e a ajuda de Zoey e Mira que Rumi consegue construir um novo Honmoon, aceitando a sua metade sombria e decidindo proteger os humanos. Sozinha, sua voz não teria tanta força e impacto mas, ao unir forças, elas saem vitoriosas. 

Continua após a publicidade

@joaoluizpedrosa

preciso cantar golden o dia todo pra fazer minha parte e proteger o honmoon #guerreirasdokpop #kpopdemonhunter

♬ som original – João Pedrosa

Por mais que o enredo de Guerreiras do K-pop seja ficcional e, no cotidiano, não há luta contra demônios, é normal que a vida seja repleta de situações ruins e difíceis de lidar, instigando sentimentos de vergonha, repulsa e medo como os da própria Rumi. Da mesma forma que ela percebeu, do jeito mais difícil, que muitas vezes é impossível resolver tudo sozinha, é importante que você reconheça e confie na rede de apoio ao seu redor. 

Continua após a publicidade

Seja seus familiares, amigos, seja seu interesse romântico, saiba em quem você se sente segura e confortável para confiar e compartilhar o que estiver acontecendo. Uma briga mal resolvida, um problema que surgiu na família ou com você, dúvidas sobre o futuro, sentimentos ruins sobre quem você é, angústia sobre o futuro… Qualquer coisa que te incomode ou situação que você precisa resolver, essas pessoas estarão lá para te ajudar, e o próprio filme prova como esse apoio deixa tudo mais leve e menos angustiante.

Aquele ditado de que duas cabeças pensam melhor que uma é verdade, e, por mais que você não consiga pensar em uma solução para o problema, outra pessoa pode ter uma ideia mais fácil e prática. E mesmo sem um conselho bom, ter apoio em situações difíceis deixa tudo mais fácil e te mostra que você não precisa carregar nenhum fardo sozinha. Existem pessoas que te amam e que querem te ajudar, basta você deixá-las.

No caso da Rumi, as amigas acharam que o problema com a voz era relacionado à saúde e fizeram tudo em seu alcance para ajudá-la, desde levá-la em médicos, incentivá-la a descansar e a poupar a voz, até sugeriram músicas que a esforçariam menos a serem cantadas. Isso mostra que, se o segredo da protagonista tivesse sido compartilhado com as amigas antes, a continuação da história poderia não ter sido tão catastrófica e dramática.

Continua após a publicidade

O medo e a insegurança podem até tentar te convencer que você está sozinha, mas isso não é verdade. O primeiro passo para mudar essa realidade pode ser seguir os que Rumi retrata no filme: confie na sua rede de apoio. Se mesmo assim você encontrar dificuldade, nesta matéria mostramos que pedir ajuda não é tão complexo e que o CVV (Centro de Valorização da Vida) está disponível para te auxiliar com apoio emocional. O mais importante é procurar ajuda quando precisar e dividir as suas questões com quem você ama — às vezes o problema pode até ser menos do que você imaginava…

+ Quer receber as principais notícias da CAPRICHO direto no celular? Faça parte do nosso canal no Whatsapp, clique aqui.

Publicidade