Morre diretor do Inep, responsável pelo Enem, vítima da COVID-19

Instituto, contudo, não quis confirmar a informação e segue ignorando a pressão estudantil que pede o #AdiaEnem por razões sanitárias

Por Isabella Otto Atualizado em 12 jan 2021, 09h56 - Publicado em 12 jan 2021, 09h29
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CAPRICHO/Sestini/Divulgação

Na última segunda-feira, 11, Carlos Roberto Pinto de Souza, Diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, um dos responsáveis na direção do Enem, morreu de COVID-19 aos 59 anos de idade. O General da reserva havia assumido o órgão em 2019, ano em que a pandemia de coronavírus explodiu no mundo tudo.

Morre diretor do Inep, responsável pelo Enem, vítima da COVID-19
Divulgação/Divulgação

O Inep até o momento não se manifestou sobre a morte e preferiu não confirmar se Carlos Roberto realmente faleceu pela doença, segundo o instituto, “em respeito à família do diretor”. É difícil, contudo, não considerar que o instituto evita falar sobre a morte por causa da campanha estudantil que pede o novo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio por razões sanitárias. Apesar da forte pressão, o Inep e o MEC optaram em seguir com as datas das provas, marcadas para ocorrerem presencialmente nos próximos dias 17 e 24, dizendo que as medidas básicas de proteção contra o vírus garantem a segurança dos quase 6 milhões de inscritos – só que, em meio a esse cenário, o diretor do Enem falece vítima da doença.

 

Confira a seguir a lista das medidas de segurança que devem ser respeitadas pelos candidatos e funcionários durante os dias de Enem 2020:

  1. Uso obrigatório de máscaras para candidatos e aplicadores, só podendo elas serem retiradas para consumo de algum alimento ou água;
  2. Disponibilização de álcool em gel nos locais de prova e nas salas;
  3. Distanciamento social no deslocamento até o local de provas e nas salas de avaliação;
  4. Identificação de candidatos do lado de fora das salas, para evitar aglomeração;
  5. Contratação de um número maior de salas de aulas, para que as carteiras fiquem mais espaçadas e os ambientes abriguem menos alunos;
  6. Salas com cerca de 50% da capacidade máxima;
  7. Candidatos idosos, gestantes e lactantes ficarão em salas com 25% da capacidade máxima;
  8. Higienização das salas de aulas, antes e depois do exame ser aplicado.

O cenário da COVID-19 no Brasil é o mais assustador desde agosto, muito motivado pelas festas de final de ano, que tiveram aglomerações e desrespeitaram o trato social e de saúde pública. Hoje, a média móvel de novos casos da doença no país é de 54.182 por dia. Mais de 8 milhões de pessoas foram diagnosticadas com COVID-19 no Brasil e mais de 204 mil vidas foram ceifadas pela doença.

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