O reality “solteiros à procura” não é uma boa ideia e eu posso explicar
Gabie Fernandes: Já saí tão machucada de relacionamentos levando na verdade, imagina se eu levo na esportiva!?
Eu sou apaixonada por qualquer coisa que envolva amor, os realitys de relacionamentos são sempre os favoritos! O mais recente visto foi um sobre futuros ex namorados. Isso mesmo, “solteiros à procura”, do Discovey+, é basicamente sobre casais que resolvem se separar e experimentar a vida de solteiro por umas semanas, isso, claro, tendo acesso a vida de solteiro do outro.
A cada semana, os participantes fazem uma cerimônia pra decidir se voltam ou se seguem sozinhos. Que ideia, né? Pois é.
A grande jogada desse reality, pra mim, foi perceber que a insatisfação começa de um lado só. Quase nunca o desamor é mútuo. É sempre alguém do casal que toma iniciativa enquanto o outro se desespera com a possibilidade da perda… E no final, geralmente, era o decidido que se arrepende enquanto o desolado dá a volta por cima e descobre em si um respiro de autoestima.
Sinto uma compaixão vingativa: que delícia ver os humilhados sendo exaltados, e bônus pra quando eram casais héteros onde os homens abusivos choravam que nem criança vendo a ex felizona. A grande lição que fica pra mim desse absurdo é que a máxima de só dar valor quando perde é de uma verdade que chega a machucar.
Tem gente que não é pra depois. Tem gente que é pra viver o momento mesmo que nesse momento você esteja com um pouco de medo do agora e também tem gente que é pra nunca. Independente do instante que chegue, tem gente que é só de passagem.
Que difícil não confundir os dois e ainda mais complicado ter esperança sem ter um vislumbre de certeza. Eu não sirvo pra brincar de amor, por mais telespectadora assídua de Realitys de namoro eu jamais seria participante, e por mais estranho que seja pra alguém que trabalha com humor falar isso: eu não brinco com coisa séria.
Já saí tão machucada de relacionamentos levando na verdade, imagina se eu levo na esportiva!?