O sexto sentido existe e cientistas estudam seu funcionamento; Entenda

Isso mesmo, o sexto sentido faz parte de um sistema do corpo humano e é real; A ciência estuda seu funcionamento e benefícios medicinais

Por Bruna Nunes 14 dez 2022, 17h36

O sexto sentido é popularmente conhecido como uma intuição muito aguçada, podendo até ser levado como um dom ou algo mais ~ sobrenatural ~, e justamente por isso, muita gente pensa que ele pode não existir, mas ele existe, sim, e a ciência explica. Segundo um novo estudo publicado na Nature Communications, na verdade, seu nome real é “propriocepção” ou “cinestesia”, e é um sistema do corpo humano. 

Sabe quando mesmo no escuro, ou de olhos fechados, você consegue identificar onde estão algumas coisas, como os móveis da casa? Essa cinestesia é responsável por isso. Esse sistema faz parte do nosso controle sob a coordenação motora, e de acordo com o estudo, junta as informações dos nossos 5 sentidos, fazendo com que nosso corpo tenha uma percepção mais sensível do que está ao nosso redor. O nome “sexto sentido” parece mais lógico, né?

Niccolò Zampieri, o chefe do Laboratório de Desenvolvimento e Função de Circuitos Neurais no Centro Max Delbrück, explica que essa habilidade acontece pela atuação de neurônios sensoriais especiais chamados de proprioceptivos (pSN). mas que ainda estão estudando os fundamentos moleculares por trás. Os resultados deste estudo podem auxiliar no avanço de tratamentos e diagnósticos, viu?

“Assim que entendermos melhor os detalhes da propriocepção, seremos capazes de otimizar o design de neuropróteses, que assumem habilidades motoras ou sensoriais que foram prejudicadas por uma lesão”, revelou Stephan Dietrich, um dos membros do laboratório responsável. 

Pelo sequenciamento genético descobriram que há genes específicos que fazem neurônios distintos se conectarem a diferentes partes do corpo humano. Ao se alongar ou se tensionar, os receptores presentes nos músculos enviam informações para os pSN, e este ciclo faz com o que o corpo reaja sem necessariamente “refletir” sobre a ação. Lembra do exemplo de conseguir caminhar no escuro?

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Apesar dos testes serem feitos em camundongos, os especialistas acreditam que entender como essas moléculas funcionam será muito importante para a medicina, e pensando que doenças neurológicas que afetam a propriocepção podem comprometer até mesmo o simples ato de caminhar, essas descobertas podem possibilitar, inclusive, o desenvolvimento de próteses que são controladas pela mente!

E ainda tem gente que acha o papo de “sexto sentido” uma bobagem, hein?!

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