Precisamos falar sobre dinheiro… E é agora mesmo, durante a adolescência
Estudar finanças está diretamente ligado com o processo de libertação da mulher; bora começar?
Querida leitora, eu* tenho um segredo para contar: boa parte da vida adulta se resume a pagar boletos, cuidar para não entrar no cheque especial, pagar a fatura do cartão de crédito em dia e lembrar de fazer a declaração do Imposto de Renda dentro do prazo. Parece chato? Pois é… Ser adulto dá trabalho, mas garanto que ser adulto com a vida financeira desorganizada dá muito mais.
“E o que eu tenho a ver com isso?”, você deve estar se perguntando. Eu sei, ainda deve levar um bom tempo até que você seja financeiramente responsável por si mesma – talvez sua maior responsabilidade hoje seja gerenciar sua mesada – mas se eu pudesse te dar apenas um conselho para o futuro, seria: tome gosto pelas finanças desde já.
Obviamente, eu sou suspeita pra falar, porque minha paixão por dinhei…, digo, por finanças, vem desde cedo. Sou jornalista (em que mundo eu estava mesmo quando achei que seria multimilionária fazendo jornalismo? Rs!), mas aprendi ainda no início da adolescência algumas coisas como: é possível ter cartão de crédito sem anuidade, conta bancária sem tarifa é um direito, milhas também são dinheiro, declarar IR não é um bicho de sete cabeças, reserva de emergência/liquidez é prioridade #1 na economia doméstica, previdência privada é imprescindível para um futuro tranquilo e poupança não é investimento.
Essa infelizmente não é a realidade da maioria dos lares brasileiros, mesmo nas classes mais abastadas. E por que eu quero que você comece a se preocupar com isso tudo o mais rápido possível? Porque com o conhecimento vem o domínio e, com domínio, vem a liberdade. Liberdade para comprar o que você quiser sem ter que dar satisfação, liberdade para fazer a viagem que você sempre sonhou, mesmo que não tenha ninguém para dividir os custos com você, liberdade de escolha para ficar ou não em um trabalho que não está legal, liberdade de sair de um relacionamento abusivo, porque você não depende de outra pessoa para se sustentar… Enfim, liberdade! E se eu puder te dar mais duas dicas para fechar este nosso primeiro encontro é: (1) não acredite em quem te disser que dinheiro não traz felicidade e (2) leia Pai Rico, Pai Pobre, e veja se o bichinho das finanças não vai te morder também.
*Gabriela Forlin é jornalista entusiasta do mercado financeiro e YouTuber de vez em quando no Mão de Vaca Profissional.