Procuradora-geral é espancada por colega de trabalho: “Desrespeito brutal”

Gabriela Samadello foi vítima de violência física no ambiente de trabalho, praticada pelo procurador Demétrius Oliveira

Por Isabella Otto 22 jun 2022, 10h27
Print de uma mulher sendo espancada no ambiente de trabalho; à direita, ela aparece com o rosto todo ensanguentado
Arquivo Pessoal/Reprodução

A procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi agredida pelo seu colega de trabalho, Demétrius Oliveira Macedo, de 34, após abrir um inquérito contra ele por má conduta no ambiente profissional. As agressões ocorreram na última segunda-feira (20), em Registro, interior de São Paulo.

O vídeo, que viralizou nesta terça (21), mostra Demétrius desferindo uma série de cotovelacas e pancadas em Gabriela, enquanto profere xingamentos como “p#t@” e “v@g@b#nd@”, e tenta ser contido por outras mulheres que estavam na sala da repartição pública.

“Eu estava saindo da repartição quando ele veio em direção a mim de forma violenta(…) Fui arremessada contra a parede(…) Ele já havia hostilizado outra funcionária nossa e a gente tinha tido uma conversa a respeito disso”, contou a vítima em entrevista à TV Record.

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O caso foi registrado no 1º Distrito Policial e o procurador confessou as agressões e disse só ter partido para a violência física pois estava sofrendo assédio moral. Ele foi liberado pelo delegado Fernando Carvalho Gregório, que justificou o ato pela falta de flagrante. O caso, contudo, segue sob investigação do Ministério Público e do Poder Judiciário, para uma “eventual condenação”, conforme explica o magistrado.

A procuradora-geral disse em entrevista à TV Tribuna que tinha medo de trabalhar com o colega, mas que nunca imaginou que ele chegaria a tal ponto. “Foi exposta minha dignidade como mulher, fui desrespeitada como servidora pública. Foi um desrespeito brutal da minha personalidade como mulher”, desabafou.

Vítimas de violência contra a mulher podem denunciar o crime ligando 190, telefone da Polícia Militar, 180, na Central de Atendimento à Mulher, ou 197, no Disque Denúncia. Uma ocorrência pode ser registrada em qualquer delegacia, em especial na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher.

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