Quanto tempo dura o efeito ‘de droga’ da paixão? A ciência responde!

Muitos processos biológicos acontecem no nosso corpo quando estamos apaixonados. Vem entender!

Por Juliana Morales Atualizado em 29 out 2024, 16h21 - Publicado em 7 jan 2024, 10h00

Você já deve ter escutado algum conselho parecido com “cuidado, depois a paixão acaba”. Sem ceticismo em relação a relacionamentos, mas isso é verdade – o que não significa que seja ruim, viu? De acordo com um estudo recente realizado pela antropóloga e bióloga Helen Fisher, os sintomas da paixão duram entre 12 e 15 meses e tratam de processos biológicos. 

Por isso, inclusive, que você também já deve ter ouvido que a paixão é como uma droga. Acontece que, quando estamos apaixonados, o corpo humano produz maiores quantidades de endorfina, adrenalina, noradrenalina e dopamina. Ao mesmo tempo, diminui a produção de serotonina. Esses fatores fazem com que o nosso cérebro entenda que estamos viciadas em algo. No caso, em outra pessoa e/ou em como nos sentimos quando estamos com ela. Paixão vira um misto de desejo, atração e necessidade.

Segundo Fisher, o que acontece depois de 12 a 15 meses da paixão ter começado é a “queda” desses hormônios, em que o cérebro, consequentemente, recupera sua atividade normal. Esse fim, como dissemos lá no comecinho do texto, não é ruim. Até porque imagina estar constantemente apaixonada, com as emoções a flor da pele e sentimento de vício? Isso pode prejudicar aspectos pessoais, profissionais e mentais da pessoa, como explicamos neste outro texto sobre amor patológico

Além disso, muitas vezes, a paixão evolui e vira amor – com o pé mais no chão, uma visão mais realista e uma relação mais serena, o que é muito bom também, né? Em outros casos, a chama da paixão pode se apagar antes que ela se transforme em outra coisa. E está tudo bem! Cada um pode seguir seu caminho e ser muito feliz sozinho ou com outra pessoa.

Mas então por que associamos paixão com o coração não com o cérebro?

Em entrevista ao El País, a neurocientista Sara Teller explica que a noradrelina, um dos os hormônios que liberamos quando sentimos estresse, também está presente na “droga da paixão”. O aumento dela “causa taquicardia, palpitações, aumento da pressão sanguínea, faz com que você eleve a atenção, a excitação sexual e pode causar insônia”.

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Todas essas reações fisiológicas explicam por que as pessoas apaixonadas têm ansiedade. “Como muitos desses sintomas de ansiedade são percebidos no coração, talvez por isso se diga que o amor se encontra nele, e não no cérebro”, explica ela ao jornal de Madri.

Entender tudo isso vai te ajudar a ser mais compreensível com seus sentimentos e com seu corpo quando estiver sentindo paixão por alguém. Aproveite o momento e cada fase do amor, sempre zelando pelo seu bem estar, combinado?

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