Camila Cabello sobre novo álbum: “redescobri quem eu sou”
A cantora falou com exclusividade com a CAPRICHO sobre a carreira solo, o novo disco e os fãs brasileiros
Era 19 de dezembro do ano passado quando uma notícia pegou a internet de surpresa: Camila Cabello havia deixado o Fifth Harmony. Embora, na época, as integrantes do grupo tenham dito que o ~término~ aconteceu amigavelmente, não demorou muito para as cutucadas entre Camila e as garotas começarem. Por sorte, a poeira baixou, o 5H seguiu firme e forte e Camila se preparou para dominar o mundo mais uma vez, agora sozinha.
Em maio, a cantora lançou dois singles de uma só vez: Crying in the Club e I Have Questions. O sucesso foi tanto que o clipe que junta as duas faixas já tem mais de 49 milhões de visualizações no YouTube! Em setembro, ela lança o primeiro álbum solo, The Hurting.The Healing. The Loving. E, em entrevista exclusiva à CAPRICHO, a gata contou o que podemos esperar de sua nova fase. Vem ver!
CH: Crying in the Club é um sucesso! Você estava nervosa quando a apresentou pela primeira vez no Billboard Music Awards?
CAMILA CABELLO: Nossa, eu estava muito nervosa! Não consegui dormir na noite anterior de tão nervosa que estava. Aquela foi a primeira vez na vida que me apresentei sozinha, além de ter sido a primeira vez que cantei essa música ao vivo, né? Fazer isso no Billboard Music Awards, que muitos dos meus amigos, colegas e ídolos estavam assistindo, foi bem assustador, porque eu queria impressioná-los, mas no final divertido!
CH: Benny Blanco, um dos produtores do disco, disse à Billboard que lhe deu “um bilhão de músicas, mas foi com Crying in the Club que rolou um clique”. Por que você acha que se apaixonou por essa faixa?
CAMILA: Eu mesma compus grande parte do meu disco e escrevi músicas como I Have Questions, que são sobre estar magoada com alguma coisa. Quando Benny tocou Crying in the Club para mim, me pareceu uma ótima música para um momento intenso, catártico, e senti que era a peça perfeita que faltava no quebra-cabeça do meu álbum. No começo, não queria pegar nada que não tivesse sido escrito por mim, pelo menos em parte. Mas isso seria idiotice, porque essa é uma ótima música – e vou poder escrever muitas outras, sabe?
CH: Você comentou sobre I Have Questions. Qual foi a inspiração para essa faixa?
CAMILA: Essa música fala sobre uma amizade que eu tive. É sobre pessoas que você achava que estavam do seu lado mas que depois acabaram te machucando. Ela é essencial no meu álbum, porque me fez perceber sobre o que eu queria que o disco fosse. É bem especial para mim.
CH: Por que lançar as duas músicas juntas?
CAMILA: O que eu mais amei de Crying in the Club é que, no momento que a escutei, já tinha uma imagem visual para ela na cabeça. Eu sabia que se encaixaria muito bem com Questions, sabia que elas renderiam boas performances, por isso decidi lançá-las juntas, para resumir o tema do álbum.
CH: Bom, sobre o que vai ser The Hurting. The Healing. The Loving. então?
CAMILA: Estava passando por um momento difícil alguns anos atrás e o álbum foi a forma de me reencontrar e descobrir quem eu sou de novo. O disco é basicamente sobre isso. Em relação à sonoridade, não colocaria nenhum rótulo, porque as músicas não se parecem entre si.
CH: Você disse uma vez que esse álbum representa “sua jornada da escuridão para a luz”. Como acha que jovens garotas podem encontrar a própria luz?
CAMILA: A esperança está em saber que a única forma de superar a dor é falar sobre ela e enfrentá-la. Você tem que se permitir sentir o que está sentindo, afinal isso faz parte de ser humano. Todos passamos por momentos em que não conseguimos ver a luz no fim do túnel, então precisamos fechar os olhos, respirar fundo, deixar o corpo e o coração sentirem tudo e saber que não vai ser pra sempre assim. Poder se descobrir e se amar de novo é lindo.
CH: Foi uma decisão difícil se abrir tanto assim em seu primeiro álbum?
CAMILA: Comecei a compor aos 15 anos, e escrevia sobre tudo o que acontecia comigo, meu primeiro beijo, meu primeiro coração partido… Sempre fui muito honesta nas minhas composições. O mais difícil foi quando entramos em estúdio, porque nunca escrevi com outras pessoas antes e é difícil se abrir com desconhecidos, mas, no final, foi divertido! Acredito que músicas boas vêm da honestidade. É preciso se abrir, estar vulnerável e até um pouco desconfortável para compor algo sincero – e eu estava disposta a fazer isso.
CH: Quão diferente é sua rotina agora que está em carreira solo?
CAMILA: É bem diferente, mas é muito legal saber que posso fazer escolhas que me representam de verdade desde o começo. Existe mais responsabilidade e pressão, mas me sinto completa.
CH: Você já está planejando uma turnê, certo? Precisa me prometer que vem ao Brasil!
CAMILA: Eu amaria! Honestamente, o Brasil é um dos meus lugares favoritos no mundo. Não existem fãs como os brasileiros. Eles têm tanta energia, têm uma paixão única e especial, então eu amaria voltar ao país quanto antes.
CH: Quer deixar uma mensagem para os fãs brasileiros?
Eu te amo, gostosas! Obrigada. (diz em português) Mal posso esperar para vê-los de novo.