‘Não achei justo’: Javi Malpa sobre eliminação no Corrida das Blogueiras

Em entrevista à CAPRICHO, primeiro eliminado da 7ª edição fala sobre bastidores, acolhimento do público e sua trajetória até o reality

Por Arthur Ferreira 7 nov 2025, 21h00
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segundo episódio de Corrida das Blogueiras 7 foi ao ar nesta terça-feira (4/11) e deixou boa parte do público triste com a eliminação de Javier Malpa, o primeiro participante a deixar a competição. O venezuelano de 27 anos, que mora em Fortaleza há sete anos, conquistou os fãs com seu carisma, sotaque encantador e uma história de vida inspiradora — e agora conta à CAPRICHO como foi viver (e reviver) esse momento.

Na estreia do programa, os competidores tiveram que criar maquiagens artísticas inspiradas nos sabores de Fanta. Javier escolheu guaraná e apostou em uma proposta ousada com uma prótese de olho na testa. Apesar da criatividade, os jurados apontaram problemas no acabamento e ele acabou indo para o flop, ao lado de Manillê e Giovanna Visnardi.

A prova de eliminação pedia um vídeo criativo sobre morango do amor. Javi apostou em um challenge de transição e fez um morango no rosto, mas acabou sendo o primeiro a deixar o programa. “Assistir à eliminação daqui de casa foi um pouco perturbador. Eu já tinha passado por isso no dia das gravações, então era algo que eu queria apagar da minha cabeça. Eu estava com medo da reação do público”, contou.

“Não achei justo, mas a gente não vai refutar os jurados. Eles têm a opinião deles e a gente tem que respeitar. Porém, eu tenho a convicção de que entreguei um ótimo trabalho”, continuou.

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Mas se o fim da jornada no reality veio cedo, o carinho do público chegou rápido. Nas redes sociais, muitos fãs consideraram Javi injustiçado e transformaram o venezuelano em um dos nomes mais comentados da semana. “Eu fiquei muito feliz que o público brasileiro me abraçou. É cada mensagem linda que eu recebo na DM do Instagram e do TikTok… Eu tento responder a todos, mas não estou dando muita conta”, disse, rindo.

Antes de brilhar com makes coloridas e criativas, Javi trabalhava em uma funerária — e foi lá que ele descobriu um novo jeito de expressar sua arte. “Vim para o Brasil já com um emprego na funerária para trabalhar na parte administrativa. No final de 2019, comecei a fazer necromaquiagem. Com a pandemia, precisei me afastar e foi aí que me dediquei a criar conteúdo de maquiagem”, relembrou.

Apaixonado por beleza desde sempre, ele contou que a maquiagem sempre fez parte do seu cotidiano. “Eu tenho uma família com muitas mulheres, então eu maquiava minhas primas e amigas. Depois, já adulto, comecei a me maquiar e a consumir muito conteúdo de meninos que faziam o mesmo. Desde 2021, passei a me dedicar mais às redes sociais.”

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Mesmo com todo o carisma que mostrou nas câmeras, Javi revelou que a barreira linguística o deixou mais tímido no início. “Eu estava muito nervoso, não esperava ir para o flop e não quis me arriscar conversar porque sabia que não ia entregar a prova. Eu não ia falar nada com nada, misturar português e espanhol. Antes de não entregar nada, eu preferia entregar e ficar no meu porto seguro que era o challenge de transição.”

“Eu não quis conversar muito no primeiro episódio pela questão de que eu não queria saturar o público. Eu tenho uma personalidade muito forte e chamativa, mas não queria que o público pensasse que eu sou um personagem”, contou.

Sobre o que mudaria se pudesse voltar no tempo, ele foi direto: “Faria um melhor acabamento na maquiagem. Eu ajudei a Millena, e isso tomou um tempo que poderia ter usado em mim. Mas não me arrependo. É muito do venezuelano querer ajudar e ser uma mão amiga.”

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Agora, fora da corrida, Javi segue torcendo por quem virou amigo dentro do reality. “Minha torcida está com a Giovanna, a Barcellos e a Mady. São pessoas com quem tive muita empatia. A Giovanna me abraçou desde o primeiro momento e me deu muita força depois da eliminação.”

E se tivesse continuado no programa, ele já sabe qual prova adoraria fazer: “A do D.I.Y.! Eu adoro customizar roupa. Desde que deixei o CLT, há cinco anos, o dinheiro nunca foi muito presente. Então, se eu quiser algo diferente, eu mesmo tenho que fazer.”

Mesmo fora da competição, Javier segue colecionando fãs e espalhando mensagens positivas nas redes. Como ele mesmo diz, “o Corrida abriu portas e janelas”.

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