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As colaborações de Carol Biazin

Refletindo faixa a faixa sobre o disco No Escuro, Quem É Você?, a cantora falou das parcerias com Ebony, Duquesa e Vitor Kley

por Anny Caroline Guerrera 23 out 2025
12h01

ebony

A Luana [Almeida], falou para mim: “Estou com muita vontade de ouvir uma música que eu possa tirar uma foto no espelho e me sentir uma gostosa. Queria muito uma música assim, faz uma assim!” Na hora, eu ri e não falei nada, mas fiquei com aquele desafio na minha cabeça, que eu sou muito competitiva.

Fui para o estúdio com o Donatto e com a Carla Sol, que é uma compositora e amiga minha, brabíssima. Quando vi, virou um reggaeton meio lento. Na hora, eu falei que a música tinha que estar no projeto e o segundo verso não podia ser meu. Tinha que ser alguém com um papo bem direto. Que não falasse muito nas entrelinhas.

Eu já estava ouvindo muitas da Ebony e pensei em mandar para ela. A gente se seguia, mas não sabia se ela conhecia meu trabalho de fato. Mandei uma mensagem e ela falou: “Cara, f*da.” Mandamos para a galera dela, eles piraram na música e rolou muito, muito rápido. Ela me mandou o verso dela quando eu estava em Madrid e eu ouvi no meio da rua assim… [dançando] Ela é maravilhosa, eu a amo muito. E ela tem esse empoderamento.

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duquesa

A Duquesa é outra artista que não tem como. Eu já era fã antes, no projeto dela de R&B, e depois com o Taurus. Ela deu a senha. Essa cena do do trap feminino, do rap feminino, tem sido muito carregada por elas, né? Acho que foi um dos motivos que me fez querer trazer essa galera para perto, porque eu vejo muito também como uma cena pop, querendo ou não.

Por mais que seja bem urbano, eu acho que todo conceito é extremamente pop. E eu falei isso: “Para mim, vocês são as novas divas pop.”  E acho que tem uma forma de eu estar dentro do gênero, mas trazendo coisas diferentes do que estamos acostumados a ouvir dentro do pop.

Todos os artistas que fizeram parte do projeto são extremamente profundos e têm conteúdo para dar. Fez muito sentido trazer a Duquesa para Corações de Pedra. É uma música que fala sobre essa dificuldade de mergulhar, essa dificuldade de se conectar com as pessoas, porque está tudo muito rápido, está tudo muito raso. Como é que eu mergulho de cabeça? A Duquesa veio ali com esse verso, que ela disse que já existia há tempos. Ela me disse: “Cantei em cima e encaixou muito. Era para ser.”

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vitor kley

O Vitor mora do lado da minha casa e me chamou para escrevermos algo, despretensiosamente. Trocamos ideia por umas 3 ou 4 horas. Entramos nos assuntos de mercado, como estávamos vendo o mundo, enfim, devaneios nossos. O Vitor é o cara perfeito para ter esse tipo de conversa.

Foi aí que começamos a falar sobre como a galera está em uma pira de acumular, pensando muito no que vão levar, não no que vão deixar aqui. Depois que a gente falou essa frase, sabíamos que a música tinha que ser sobre isso. A música nasceu de forma muito muito fácil, diferente de outras músicas que tiveram uma “quebração” de cabeça. Eram 2 da manhã e ele me levou para casa para ouvirmos a música no caminho.

Ela também foi inspirada em um filme antigo, com o Charles Chaplin. O filme é mudo, mas ele fala em um único momento para dar esse discurso sobre o quanto não somos máquinas, o quanto precisamos sentir mais e pensar menos. É exatamente o que a música fala.

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