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PE-DRO SAM-PAI-O

Ele está pronto para explorar novas sonoridades que refletem outro lado de sua personalidade.

por Anny Caroline Guerrera Atualizado em 6 set 2024, 12h32 - Publicado em 6 set 2024 12h23
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paixão de Pedro Sampaio pela música começou ainda na infância. Natural do Rio de Janeiro, o cantor e produtor descobriu sua habilidade musical quando começou a tocar pagode e samba, aos 13 anos, com um balde que tinha em casa. Ele usou a experiência prática para aprender técnicas de instrumentos de percussão que o ajudaram a combinar diferentes estilos musicais em faixas que, anos depois, não saem da cabeça do público.

“Eu sou um cara apaixonado pela música em si, principalmente pela música brasileira. Sou apaixonado pelos ritmos do Nordeste, pelos ritmos do Rio de Janeiro, pelo samba… Quando vou produzir uma música, eu procuro misturar isso e se tornou uma identidade do Pedro Sampaio, né?”, declarou o cantor em entrevista exclusiva para a edição de setembro da CAPRICHO.

Essa mistura de gêneros musicais fez com que Sampaio vivenciasse muitas fases, ficando amplamente conhecido pelo bordão Chama Meu Nome (quem lembra?). Agora, ele embarca em uma etapa mais consciente de sua carreira com o álbum Astro, que explora recursos inesperados. “Eu queria vir um pouco mais maduro, criativo, mas trazendo outro lado que eu nunca mostrei. Entendendo que o público que começou comigo cresceu e eu também cresci.”

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Algumas das novas características do processo criativo de Pedro incluem a inserção do balé e das narrativas contadas através da moda. “Se tem uma frase que resume esse projeto é: ‘Astro, dar e receber luz.’ Quando eu uso pedraria, é exatamente isso. É a roupa, por si só, brilhando. Ela expressa a minha luz interna, mas quando vem uma luz externa, ela também reflete. Ela dá e recebe, ela entrega e recebe”, disse o cantor sobre o conceito do disco, que vai deixar o “autotune” de lado, viu?

“O álbum está muito diferente, com algumas que vocês nunca imaginaram que eu ia fazer. Eu sei que eu tenho muito essa coisa estereotipada do autotune e isso não me incomoda. Eu amo isso, é uma característica. Mas não tenho medo do novo.”

Pedro acredita que Astro vai mostrar que ser revolucionário também é uma forma de servir como espelho para outras gerações. “Não tem como você crescer e se soltar das amarras sociais sem você sem desobediente e revolucionário para muitas pessoas”, observou ele. 

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“Toquei em lugares que ninguém conhecia Pedro Sampaio, ninguém sabia quem era”, recordou ele em entrevista à CH.
“Toquei em lugares que ninguém conhecia Pedro Sampaio, ninguém sabia quem era”, recordou ele em entrevista à CH. Gabriel Renne/CAPRICHO

“Acredito que, principalmente para quem é artista, a gente tem que ser um espelho de uma geração, sabe? Temos que mostrar para aquela geração as mudanças que estão ocorrendo na cultura, na sociedade, no nosso país, no jeito de ser, no jeito de olhar e enxergar o outro. Então, quando a gente desobedece alguma coisa que já está estabelecida, rompemos com essas barreiras e eu acho que isso cresce cada vez mais e inspira outras pessoas.”

É uma nova era em que o Pedro Sampaio já está mais experiente, mais maduro e mais seguro também. Muitas coisas aconteceram no último ano e me deixaram mais confortável e mais dono de mim mesmo.

Pedro Sampaio
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Este mês, Sampaio se prepara para realizar sua primeira apresentação no Rock in Rio, pouco tempo depois de bater o recorde de maior público da edição do festival em Lisboa, capital de Portugal. A performance fez parte de uma série de shows que o cantor realizou em sua turnê europeia – que teve a missão de levar o funk para novos públicos como um dos maiores objetivos.

Essa mistura de gêneros musicais fez com que Sampaio vivenciasse muitas fases, ficando amplamente conhecido pelo bordão Chama Meu Nome (quem lembra?).
Essa mistura de gêneros musicais fez com que Sampaio vivenciasse muitas fases, ficando amplamente conhecido pelo bordão Chama Meu Nome (quem lembra?). Gabriel Renne/CAPRICHO

“Toquei em lugares que ninguém conhecia Pedro Sampaio, ninguém sabia quem era”, recordou ele. “Eu me coloquei nessa situação justamente para levar o funk para lugares que talvez o público não esteja querendo ouvir funk e talvez nem conheça tanto. Mas eu me coloquei como um agente desse ritmo musical tão forte no Brasil, que é o funk”, refletiu.

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