Roupas ousadas e estampas psicodélicas da A.ROLÊ conquistaram as famosas

A marca, que já apareceu nos looks de Ludmilla, Juliette e outras artistas, usa referências dos anos 70 para criar um universo lúdico

Por Sofia Duarte 10 mar 2022, 14h00

Você já deve ter visto por aí alguma celebridade brasileira usando peças coloridas de tule com estampas psicodélicas, recortes ousados e luvas embutidas. E é bem provável que os looks sejam da marca A.ROLÊ, criada pela gaúcha Luiza Gil há quase quatro anos. Em entrevista à CAPRICHO, ela conta que a ideia veio quando trabalhava com produção de moda e constatou um gap no mercado: a falta de roupas ousadas, pertencentes a um universo lúdico e que despertam curiosidade.

A. ROLÊ nasceu com o objetivo de levar as pessoas a experimentarem coisas novas e se permitirem“, afirma. A etiqueta ainda segue princípios sustentáveis ao fazer vendas sob demanda. “Assim, evitamos resíduos extras, descartes desnecessários de matéria-prima e também um descarte de mão de obra, porque trabalhamos com costureiras justamente remuneradas.”

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A estilista conta que essa foi uma premissa de seu negócio. “Também por uma questão de que eu não venho de uma família que tem muitas posses e que me proporcionasse um ponto de partida financeiro muito confortável. Então, eu comecei com apenas quatro peças e fui fazendo volume delas. Hoje, já entendo melhor a minha cliente e, eventualmente, posso ter algum tipo de estoque, mas ainda sigo com o sob medida, até porque consigo fazer pequenas adaptações para cada cliente. É algo mais personalizado.”

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No início, a proposta da etiqueta era oferecer roupas chamativas para festas e ocasiões especiais, mas, após um tempo, Luiza teve um insight que a levou fazer roupas confortáveis e funcionais para o dia a dia. “Queria trazer A.ROLÊ para o casual sem perder a nossa bossa, que é a ousadia, aquela coisa de que as pessoas te olharem quando você passa na rua“, lembra. Com isso em mente e muita leitura, pesquisa de tendências do mercado e referências internacionais, ela chegou na pantalona e trouxe a psicodelia para combinar com o tule. “As tendências estão em grupos, espaços sociais, na arquitetura… E fazer essa pesquisa visual em outros lugares para além da moda, trazemos elementos que não foram vistos ainda. É isso que nos faz inovadores”, completa.

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“Somos muito fiéis ao nosso DNA, mesmo sabendo que muitas pessoas falam ‘Ah, mas como você vai fazer sempre peças com luvas e recortes ousados?’. Eu não faço para as pessoas entenderem, eu faço para as pessoas experimentarem. E, ao experimentarem, quem sabe elas possam se identificar com a marca, que é contemporânea e, acima de qualquer coisa, atemporal“, garante. “Muitas das referências para estampas que eu uso são dos anos 1960 e 70, outras em relação à modelagem são da Mugler dos anos 1960, 70 e 80. Se as coisas funcionam repaginadas em diversas eras, significa que são atemporais. Por mais que sejam modernas para aquela época, elas conseguem vir de outra maneira em outras décadas.”

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A.ROLÊ já apareceu nos looks de Ludmilla, Juliette, Iza, Anitta, Pabllo Vittar, Luísa Sonza e outras famosas brasileiras com suas icônicas estampas psicodélicas e também sonha em chamar a atenção de divas internacionais, como Dua Lipa, Rihanna e Beyoncé. “Ainda que eu saiba que elas estão em lugares distantes, acho que a gente tem que sonhar alto.”

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Toda vez que uma artista veste peças de sua marca, Luiza vibra (e muito!), mas o que também a emociona é encontrar alguém na rua com alguma peça da marca. “Quase morro de alegria! Tenho vontade de abraçar a pessoa. É muito legal quando a gente vê a marca representada por diversas mulheres, mulheres com personalidades e alcances distintos. […] Pra gente, é um mercado infinito, porque cada vez mais vão ter pessoas querendo se identificar com outras coisas, se libertar e se enxergar como diferentes e únicas.”

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Se você também tem vontade de fundar a sua própria marca de roupas, o conselho da estilista é confiar no seu potencial e começar com o que está ao seu alcance. “Eu comecei essa marca sem nenhum tipo de investimento externo, que não tenho até hoje, comecei do zero na minha casa com uma costureira de confiança, comprei quatro metros de tecido e fiz quatro blusas”, relata.

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“Para quem não vem de um lugar de muitas posses, os nossos louros não são imediatos e, por isso, são muito prazerosos. […] Façam da maneira que der, mesmo que essa não seja a maneira perfeita. O que não podemos é ficar parado e nos comparando com as outras pessoas, porque os pontos de partida são completamente diferentes. Tenha foco no seu trabalho, no seu talento, no que você acredita e projete conquistas pra frente que elas vão acontecer. Todo mundo é capaz”, finaliza.

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