Veja os sinais e como identificar uma possível intoxicação por metanol

Festas e rolês com drinks fazem parte da vida jovem. Mas é importante ficar de olho na procedência das bebidas e saber identificar problemas.

Por Andréa Martinelli 2 out 2025, 13h39
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os últimos dias, um caso triste chocou a internet: dois jovens passaram mal após beberem gin adulterado em São Paulo. Um deles ficou temporariamente cego e o outro segue em coma.

Até o momento, 6 mortes são investigadas e apenas 1 foi confirmada em São Paulo; outros casos também aconteceram em Recife (PE). O motivo? A bebida estava contaminada com metanol, uma substância supertóxica que não deveria jamais ser ingerida por humanos.

Mas… o que é metanol?

O metanol é tipo um primo do álcool que a gente conhece (o etanol), só que muito mais perigoso. Ele é usado pra fins industriais — tipo, solventes e combustíveis — e nunca deveria estar numa bebida alcoólica.

Quando entra no corpo, o metanol pode causar um verdadeiro caos: afeta a visão, o cérebro, os rins… e, em casos graves, pode levar à morte.

Quais são os sintomas?

O maior perigo é que os sintomas não aparecem logo de cara. Às vezes, eles só surgem horas depois da ingestão. Por isso, vale ficar MUITO atenta a sinais como:

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  • dor de cabeça forte

  • tontura ou enjoo

  • visão embaçada ou “preta”

  • dificuldade para respirar

  • confusão mental

  • sono excessivo ou desmaios

Se alguém apresentar qualquer um desses sintomas após beber, é hora de correr para o hospital.

O que fazer se desconfiar?

  • Não espere melhorar sozinha.
  • Vá direto pra emergência e avise o que foi consumido.
  • Quanto mais rápido o tratamento, menores os riscos de sequelas.
  • Compartilhe a informação com a sua galera

A gente sabe que festas e rolês com drinks fazem parte da vida jovem. Mas é importante ficar de olho na procedência das bebidas — especialmente aquelas vendidas por preços muito baixos ou sem rótulo claro.

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Qual é o tratamento, CAPRICHO?

O tratamento mais eficaz contra o metanol é feito com antídotos como o próprio etanol (sim, o álcool comum) e o fomepizol, que impedem que o metanol se transforme em substâncias ainda mais tóxicas dentro do nosso corpo. A questão é que: nem todos os hospitais no Brasil têm fomepizol disponível.

O Ministério da Saúde quer resolver isso criando um estoque emergencial, que poderia ser distribuído com rapidez em casos de intoxicação.

Nos casos recentes em São Paulo e Pernambuco, jovens foram hospitalizados em estado grave após beber gin falsificado. E a gente sabe que, especialmente entre adolescentes e jovens adultos, a bebida pode estar presente em festas, rolês e confraternizações — por isso, é fundamental entender os riscos, saber identificar os sinais.

Além disso, é sempre bom lembrar: o rótulo pode enganar. Mesmo que a embalagem pareça “certinha”, bebidas adulteradas podem circular em festas ou bares informais. A gente já te explicou detalhes sobre como não cair nessa cilada aqui.

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E vamos fazer um combinado: se você ou alguém próximo passou mal após beber, vá direto para o hospital e diga que pode ser metanol, ok? Além disso, compartilhe esse texto da CAPRICHO com amigos e familiares. Informação é também um antídoto importante para a desinformação em casos como esses.

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