Minhi Wang conta tudo sobre sua participação no Drag Race Canadá
O Blog da Galera conversou com a finalista da última temporada do Drag Race Canadá. Confira a entrevista!

inhi Wang foi uma das finalistas da última temporada do Drag Race Canadá, encerrada no último dia 16 de janeiro. Eu, Eduardo, da Galera CAPRICHO, conversei com Minhi quando o programa começou em novembro do ano passado. Na ocasião, ela me contou desde o início da sua trajetória até a preparação para o reality show. Vou contar mais sobre o nosso papo no Blog da Galera desta semana.
Não à toa um dos primeiros tópicos que discutimos foi maquiagem. Minhi destacou como a make foi capaz de transformar toda sua persona no início de tudo e que, até hoje, ela busca sempre acompanhar tutoriais para aperfeiçoar sua beleza. Ela é a prova que o treino vale muito a pena!
Como diversas queens, Minhi estreou no fim da pandemia, durante tempestades de neves muito comuns no Canadá, ela pode treinar não só a beleza do seu rosto como também costura e penteados.
“Quando a pandemia começou a diminuir, pensei: por que não tentar me apresentar? Então fui uma noite de palco aberto em nosso principal bar gay aqui em Toronto e fiz algumas apresentações. A partir daí, consegui fazer mais shows aqui e ali e comecei a marca Minhi Wang”, relembra e acrescenta que adora estilizar looks e se sentir poderosa além de ver o sorriso das pessoas com suas performances.
Sobre ser modelo, o que foi muito questionado sobre os telespectadores, Minhi comenta sobre os padrões de beleza que fez sua carreira de modelo não dar tão certo.
“As agências me disseram que eu era muito baixo, muito musculoso e também ‘muito asiático’. Isso foi péssimo. Os padrões de beleza naquela época eram diferentes. As pessoas não apreciavam a diversidade ou algo diferente. Agora, ainda não sou modelo profissional, não me considero. Adoro tirar fotos. Adoro ser criativo, mas com as redes sociais, como dizem, qualquer um pode ser modelo, ator, qualquer coisa”, conta ao Blog da GALERA.
Conversamos também, obviamente, sobre sua participação recente em Drag Race Canadá, e como foi essa experiência e sua preparação. Ela relembra que quando as pessoas descobriram que ela tinha entrado no programa, diziam coisas como “Meu Deus! Seu sonho está finalmente se tornando realidade”. “A verdade é que não é meu sonho final. Aprendi que a vida é sobre experiências e, embora esta seja uma oportunidade, é uma experiência de vida incrível”, respondia.
Quando ela recebeu a ligação para participar, descobriu que tinha uma lista de designers com quem eu tinha construído um relacionamento e que poderia contar com a ajuda. “Isso, para mim, foi algo que eu acho que realmente me ajudou a me preparar porque eu não tenho uma família drag ou mesmo amigos drag próximos que eu pudesse chamar para me ajudar”, diz.
Minhi ressalta outros amigos que ajudaram sua preparação para o Drag Race Canadá, na comédia, na composição de letras, para melhorar seu canto, para desenvolver seus personagens do Snatch Game e para aprender coreografias – que, inclusive, foi o primeiro desafio do reality envolvendo coreografia, composição e canto. Ela arrasou, veja a seguir:
A criação dos visuais usados na competição também foi um esforço colaborativo entre ela e os designers. “Eu queria ter certeza de que minhas ideias eram verdadeiras para quem eu sou como rainha e também o que eu queria representar, mas eu também sabia que precisava trabalhar com o designer e usar seus pontos fortes e o que ele era bom”, fala.
A preparação financeira também é super importante para qualquer projeto e Minhi reconhece muito bem isso. “Tenho uma certificação em gerenciamento de projetos. Garota, o número de planilhas, rastreadores, registros de risco, tabelas de orçamento que criei para o show! Isso realmente me ajudou a ficar no caminho certo com meus “fornecedores” e garantir que eu não entrasse em pânico no último minuto”, conta.
Durante nosso papo, ela também recordou sobre sua chegada no Werkroom e o que passava em sua cabeça nesse momento. “Eu tinha uma síndrome de impostora muito ruim. Todas essas rainhas faziam drag em tempo integral. Eu ainda trabalho em tempo integral e faço drag quando posso, então não tanto quanto elas. Eu sentia que talvez as pessoas não achassem que eu era digna de estar no programa e eu estava preocupada por não ter tanta experiência de trabalho”, relata.
Minhi confessa que tinha medo, ao chegar na competição, de ser a primeira eliminada da edição – afinal, alguém teria que ser. Mas o resultado foi outro e ela não poderia estar mais feliz e orgulhosa da sua trajetória (e nós também!).