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Acordo histórico contra a poluição por lixo plástico é aprovado pela ONU

"A poluição plástica transformou-se em uma epidemia", afirmou o presidente da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente

Por Isabella Otto 4 mar 2022, 09h33

Nesta semana, mais precisamente na última quarta-feira (02), em Nairóbi, no Quênia, a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente aprovou um acordo que viabiliza a criação do 1º tratado global para combater a poluição por lixo plástico. A movimentação foi considerada histórica por ser a mais significativa desde o Acordo de Paris (que prevê a redução das emissões de gases de efeito estufa para limitar o aumento médio de temperatura da Terra a 2ºC), assinado em 2015.

Foto mostrando uma mão segurando lixos plásticos recolhidos em praias e outra segurando conchinhas do mar
Isabella Otto/Reprodução

O intuito do tratado é conter a produção de descartes plásticos no mundo, mas ele só deve ser finalizado em 2024 e ainda há muitas pontas soltas. “A poluição plástica transformou-se em uma epidemia. Com a resolução de hoje, estamos oficialmente no caminho certo para uma cura”, discursou Espen Barth Eide, presidente da UNEA.

Para diminuir o volume de lixo plástico é preciso diminuir também a quantidade de produtos plásticos produzida. Potências globais como EUA e China devem ser as mais afetadas economicamente pelo pacto, seguidas de países como Índia e Japão, outras grandes sedes petrolíferas e produtoras de plásticos.

 

Apesar do acordo ter sido celebrado pela maioria dos representantes que compareceu à reunião da ONU, alguns questionaram a real eficácia do tratado. “É uma divisão entre aqueles que são ambiciosos por uma solução para o problema e aqueles que não querem encontrar soluções, independentemente das razões”, disse Franz Perrez, embaixador do meio ambiente da Suiça. Monica Medina, chefe da delegação norte-americana, retrucou dizendo que ainda pode ser pouco, mas “é o começo do fim dos resíduos plásticos para o planeta”.

Assim a gente espera, né? Afinal, como diria a ativista Greta Thunberg, muitos eventos climáticos e acordos são, na realidade, festivais “de lavagem de imagem” onde nada realmente acontece – fora promessas.

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