Oi, gente! Tudo bem? Aqui é a Raquel Caires e quero falar sobre um assunto importante. Há 2 milhões de casos registrados de bulimia e anorexia no Brasil todo ano, segundo a atriz Rayssa Bratillieri, que interpretou uma personagem com transtorno alimentar em Malhação: Vidas Brasileiras e teve acesso a dados sobre o assunto durante laboratório. E ainda tem os casos não registrados e os de pessoas que nem sabem que sofrem desses transtornos. Uma pesquisa realizada pela Secretaria do Estado da Saúde revela que 77% das jovens em São Paulo estão propensas a desenvolver algum tipo de transtorno alimentar. 90% dos casos de transtornos alimentares acontecem com mulheres e 20% morrem por falta de alimentos ou por suicídio.
Tanto a bulimia quanto a anorexia são doenças que se desenvolvem em garotas adolescentes que possuem fácil acesso aos meios de comunicação, como as redes sociais – em que a sociedade e o mercado de moda e beleza ainda criam e impõem padrões que são difíceis de serem atingidos. Mas o que são os transtornos alimentares e quais são suas diferenças? Transtornos alimentares são doenças mentais que podem ser causadas por traumas, abusos sexuais, baixa autoestima, distúrbios emocionais e/ou preocupação excessiva em manter um corpo magro ou “padronizado”.
A bulimia está ligada à compulsão alimentar seguida por um castigo, sendo que a pessoa ingere uma grande quantidade de alimentos repetidas vezes e, por se sentir culpada e com medo do ganho de peso, recorre ao vômito forçado, jejum, atividades físicas em excesso e muitas vezes diuréticos e laxantes. Já a anorexia é muito parecida com a bulimia, mas tem como foco principal a distorção de imagem, em que a pessoa se vê muito mais acima do peso real, come menos para não engordar, fica sem comer e recorre a meios de aliviar a culpa.
Na bulimia, os principais sintomas são: anormalidade no paladar, redução do paladar, sensibilidade ao frio, alterações no peso corporal, ausência de menstruação ou menstruação irregular e cáries dentárias ou secura na boca. Já na anorexia, pode haver crescimento lento ou puberdade atrasada, menstruação irregular ou ausência de menstruação, constipação ou vômito, depressão, cabelo ressecado, dor de cabeça, lesões, pele seca, ritmo cardíaco lento, sensibilidade ao frio e unhas quebradiças.
Mas, afinal, por que cada vez mais meninas estão propensas a ter transtornos alimentares? Vivemos em um mundo onde as pessoas ainda buscam cada vez mais seguir os padrões e a perfeição, por mais que movimentos como o do body positivity tenham ganhado cada vez mais adeptos. E qual seria esse padrão e quem os impõe? Todos os dias, a sociedade impõe um novo padrão cada vez mais difícil de ser seguido e normaliza a ideia de que, para sermos felizes, precisamos ser magros e esteticamente perfeitos. Sendo assim, nós criamos a falsa ideia de que, se uma pessoa está dentro do padrão aceitável, ela não tem problemas de saúde, por exemplo. Contudo, precisamos lembrar que todos nós somos humanos em primeiro lugar. Nosso corpo é o nosso templo, precisamos cuidar bem dele. Todas nós somos perfeita do jeito que somos, não existe padrão, muito menos um padrão perfeito. O padrão perfeito é se aceitar e ser feliz do jeito que você realmente é, lembrando que saúde e estética são coisas muio diferentes.
Se você passar por algum transtorno alimentar, procure uma pessoa de confiança e peça ajuda. Você é perfeita do jeito que é e sua vida vale muito. Essa doença tem cura e precisa ser tratada!
Beijos,
@ra.cair3s