Oi, galera! Júlia Uchôa aqui! Como vocês estão? Eu espero que o melhor possível! Hoje eu quero falar com vocês sobre um comportamento, que é muito mais comum do que as pessoas pensam, e eu estou falando de “agradar”.
Em uma sociedade cheia de padrões e preconceitos, é difícil ser espontâneo e nos sentirmos confortáveis com quem somos, sem que haja o medo de sermos criticados e julgados pelas nossas escolhas. E é quando tiramos as nossas necessidades do primeiro plano, para nos blindarmos de julgamentos, que começamos a querer agradar.
Começamos com os nossos pais. Passamos a estudar o que eles querem, a vestir o que eles acham mais bonito, porque, afinal, um olhar ruim ou uma crítica podem abalar o nosso emocional, e você faz de tudo para que isso não aconteça. Você simplesmente aceita o que te foi imposto, mesmo que não seja o que realmente quer. Depois, passamos para as amizades. Você tem poucos amigos, é tímido e tem medo de ficar sozinho ou tem medo de que as pessoas não te aceitem, e começa a agir como os seus amigos gostam, a aceitar coisas que nem te agradam, tudo isso pelo conforto de se sentir aceito. Esse movimento chega ao seu relacionamento amoroso, e você tem medo de perder aquela pessoa, de os amigos dela não acharem você tão legal, de você não ser bonita o suficiente, de não ter um corpo padrão… E isso não é justo com você. Nunca foi.
Essa necessidade de agradar se estrutura, ganha força, você passa a exigir demais de você, porque é muito difícil manter todo mundo gostando de todo mundo. Você se torna perfeccionista, porque não quer que nada que faça possa ser motivo para que alguém diga algo que vá te magoar. E é difícil sair disso, porque você passa a se culpar de forma pesada, sem necessidade, a desenvolver ansiedade, a ter medo, muito medo, e o mais assustador de tudo: perde o protagonismo da sua vida para opiniões de terceiros, para o sofrimento que sente quando percebe que não fez o suficiente.
Com essa reflexão, quero te fazer um convite: hoje, após ler esta matéria, pense nas suas escolhas, veja se elas refletem o que você acredita, se você se sente feliz com as suas relações, se você se vê em um lugar de ter que agradar a todos para que se sinta confortável, para que não haja nada que possa te magoar. Quero que você faça esse exercício e, caso perceba que está nessa situação, eu gostaria de dizer que você não precisa se cobrar para ser popular nem para que todos gostem de você. Essa busca por aceitação tem que partir de você mesma, não dos outros. E por mais que seja difícil lidar com as suas inseguranças, não deixe isso para depois. Tente agora, por mais doloroso que seja, torne-se a dona da sua vida. Assim, só assim, amando quem você é, escolhendo o que julga ser melhor para você, que tudo vai começar a fazer mais sentido.
Beijos,
@juliauchoabraga