Na manhã desta quinta-feira (13/5), Jair Bolsonaro disse que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a prova mais importante para quase todo vestibulando brasileiro, pode realmente atrasar, mas que deve acontecer em 2020.
“O Enem, estou conversando com Weintraub [ministro da Educação], né? Se for o caso, atrasa um pouco, mas tem que ser aplicado esse ano“, disse o presidente para jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada.
Na última segunda-feira (11), duas entidades estudantis, a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a UBES (União Nacional dos Estudantes Secundaristas) entraram com um pedido liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) para que a prova fosse adiada.
As entidades ressaltaram no documento o “prejuízo de milhares de estudantes que estão impedidos de estudar e se preparar para as provas em razão do isolamento social promovido pela pandemia de COVID-19″.
Outro ponto citado no pedido é o acesso à internet. Não são todos os estudantes que têm um serviço que garante a possibilidade do estudo à distância. Segundo um levantamento exclusivo feito pelo jornal O Globo, 6,6 milhões de estudantes no Brasil, a maior parte da rede pública, não tem acesso à internet.
Nesta quarta-feira (13), o pedido foi negado pelo ministro do STF, Gurgel de Faria, mas as entidades ainda podem recorrer. As inscrições para o Enem seguem abertas e vão até 22 de maio. Neste ano, o Exame será realizado em duas modalidades: na impressa, que acontecerá nos dias 1º e 8 de novembro, e na digital, marcado para os dias 22 e 29 do mesmo mês.