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Brasileiros são os que mais estão ouvindo músicas tristes na quarentena

Também não é para menos, né?

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 22 jun 2020, 20h16 - Publicado em 22 jun 2020, 15h34
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CAPRICHO/Divulgação

Um levantamento realizado pela DeltaFolha, que analisou o top 200 do Spotify em mais de 30 países, mostra que o Brasil é o que mais está ouvindo músicas tristes durante a quarentena por causa da pandemia de coronavírus. E com razão, né? Talvez nunca tenha sido tão difícil ser brasileiro – e olha que a gente não desiste nunca…

Para analisar as canções, foi utilizado um algoritmo que avalia a letra e a melodia, permitindo chegar assim à conclusão sobre seu ritmo. Em relação às músicas animadas, que já faziam sucesso, aká hits de bregafunk e funk que tocaram no carnaval, continuaram na lista. Entretanto, novidades desses estilos musicais não foram procuradas como de costume.

Juana Mari Moya/Getty Images

No pop, no eletrônico e no rap, músicas mais emotivas de Pabllo Vittar, Alok e Djonga ganharam destaque. De acordo com a pesquisa, faixas mais tranquilas, como playlists para relaxar e trabalhar, também conquistaram o público durante a quarentena. Por causa das lives, alguns sucessos antigos, principalmente do universo sertanejo (que costuma dominar a lista), se mantiveram no topo. Nesta segunda-feira (22/6), entre os 10 primeiro sucessos de “As 50 mais tocadas no Brasil”, 9 eram do estilo ~da sofrência~.

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Mas a busca por músicas mais bad não está acontecendo só no Brasil, não! A revista Rolling Stone constatou, entre março e abril, nos Estados Unidos, picos inesperados em serviços como Dezeer e Spotify. A busca pela letra é o fim do mundo como conhecemos e nós sabemos disso (e eu estou bem)”, do R.E.M, cresceu 110%! No período avaliado, a música foi escutada mais de 5 milhões de vezes.

Na sequência, outro hit chamou a atenção por ficar entre os mais escutados: Isolation, da banda Joy Division, famosa nos anos 80. A música teve um salto em streaming de 112%. So Far Away, de Carole King, que fala sobre distância e saudade, teve um salto de 74%, segundo a revista.

Essa mudança comportamental e a busca por músicas com nomes e frases que nos lembrem o momento atual não é tão surreal assim. A arte poder ser usada para buscar conforto e identificação. Por outro lado, observando esses títulos, teriam esses artistas profetizado a pandemia? Calma, estamos brincando! Mas fica aquele famoso questionamento: a arte imita a vida ou a vida imita a arte? (risos nervosos de desespero sem fim)

@nickjonas/ Giphy/Reprodução
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