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Cientistas descobrem, através de raio-X, primeira múmia egípcia grávida

Os pesquisadores acreditam que a mulher viveu há cerca de 2.000 anos, em época próxima a da Rainha Cleópatra

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 5 Maio 2021, 17h17 - Publicado em 5 Maio 2021, 17h16

Na última semana, cientistas poloneses anunciaram uma descoberta inédita feita através de um raio-X: uma múmia egípcia grávida. Segundo os arqueólogos, é a primeira vez que foi uma múmia neste estado é vista. Esta é a nossa descoberta mais importante e mais significativa até agora, uma surpresa total”, disse Wojciech Ejsmond, da Academia Polonesa de Ciências, que faz parte do ‘Projeto Múmia de Varsóvia’ para a Associated Press.

Na colagem, é mostrada uma sequência de imagens de um sarcófago egípcio e o raio-X de uma múmia
Journal of Archaeological Science/Reprodução

“Não sabemos por que o feto não foi retirado do útero da falecida durante sua mumificação”, já que era comum a retirada dos órgãos para a realização do processo, diz Ejsmond. O arqueólogo que levanta a possibilidade da gravidez ter sido escondida “ou, talvez, tivesse algum significado ligado a crenças sobre o renascimento na vida após a morte”.

A múmia, foi levada para a Polônia no século XIX. Inicialmente, os arqueólogos acreditavam que se tratava de um sacerdote que viveu entre I a.C. e o século I d.C, por causa de inscrições no sarcófogo. Mas, no ano passado foi descoberto através de uma radiografia – já que a múmia nunca foi aberta – de que se tratava de uma mulher, de cabelos longos, entre 20 e 30 anos e que estava entre 26ª e 30ª semana de gravidez quando faleceu.

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Segundo os cientistas, a gestante pode ter sido um membro da alta sociedade de Tebas, onde seus restos mortais foram localizados. A teoria vem da qualidade dos tecidos que envolviam o corpo e dos artefatos que ela carregava. Uma das hipóteses para essa confusão sobre a identidade da múmia ter acontecido é que ela pode ter sido trocada de caixão durante o século XIX, momento em que saques de sarcófagos eram frequentes.

A descoberta deve colaborar com os estudos sobre como era a infância no Egito Antigo e descobrir mais sobre os procedimentos médicos realizados na época.

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