estreia do breakdance como uma das novas modalidades das Olimpíadas, neste ano, foi aguardada com expectativa por pessoas que ansiavam em ver uma categoria urbana e diferente. Entretanto, poucos imaginavam que, após as competições, a dança seria lembrada por memes.
O principal motivo deles foi a dançarina australiana de breaking Rachael Gunn, mais conhecida como Raygun. Isso porque os movimentos que a atleta de 36 anos apresentou aos juízes na competição olímpica foram visivelmente distintos dos trazidos pelos outros participantes, em especial o batizado de ‘canguru’.
Rachael não conseguiu marcar um único ponto em suas batalhas contra Logistx dos EUA, Syssy da França e Nicka da Lituânia, e acabou perdendo por 18 a 0 em cada competição.
Nas redes, enquanto uns apontavam que Raygun estava fazendo papel de ridículo, outros questionavam como permitiram que ela chegasse até as Olimpíadas, se não havia tido alguma pré-seleção na Austrália e insinuado que ela havia fingido ser breakdancer por ser um caminho ‘mais curto’ até as Olimpíadas.
É importante ressaltar que Raygun é uma das breakdancers mais famosas e respeitadas na Austrália, além de PhD e pesquisadora de breakdance, dança de rua e hip-hop da Universidade Macquarie de Sydney.
Raygun já havia participado de outros campeonatos de breakdance antes das Olimpíadas, como no mundial World Breaking Championships, onde representou a Austrália em 2021, 22 e 23. Após as críticas, ela afirmou, em seu perfil oficial do Instagram, que “não tem medo de ser diferente”.
Já no X (ex-Twitter), comentários como “ela convenceu Austrália a pagar pela viagem a Paris e ainda tirou 0 pontos” e “ser amiga da comissão australiana dá nisso” não param de aparecer.
Em um post específico, um relato extenso, trazido do Reddit, por um usuário do X, afirma que pela falta de uma federação mundial de breakdance, o comitê olímpico procurou a World Dance Sport Federation, que delegou para a DanceSport Australia a responsabilidade de selecionar os atletas em parceria com a Australia Breaking Association (AUSBreak), formada por Raygun e alguns outros dançarinos.
Nenhuma informação oficial sobre o processo de seleção dos candidatos foi anunciada, entretanto, no site oficial da AUSBreak, Raygun é um dos oito competidores – uma de três mulheres. De qualquer forma, a apresentação dela foi duramente criticada, seja com ofensas ou questionamentos do porquê ela estava ali, seja pelos comentários rindo de seus movimentos.
Confira alguns dos comentários das redes:
Essa aqui foi inteligente, sabia que breakdance era o caminho mais curto para as Olimpíadas e o usou
Quando ela faz o passinho do canguru eu perco tudo pic.twitter.com/GDJYZJYPJB
— Gabriel Martins (@caradossports) August 11, 2024
Reconozco que veo las olimpiadas por este tipo de cosas. El breakdance en Australia es definitivamente una cosa pic.twitter.com/sKkg5s5QLU
— exo (@exsorz) August 10, 2024
cara eu to morrendo com os vídeos do breakdance nas olimpíadas pic.twitter.com/XF35ur0Ug5
— narri (@narri_chede) August 9, 2024
Depois de acompanhar a apresentação da Austrália no Breakdance nessa olimpíada, percebi que ser uma pessoa comum e começar a se preparar hoje pra estar na olimpíadas de Los Angeles não é uma possibilidade impossível. #Paris2024
— Laysa 🌈 (@LayTXT) August 9, 2024
Imagina ser professora universitária e pesquisadora da “política cultural do breakdancing”, ter a oportunidade de divulgar sua paixão pro mundo numa Olimpíada, e fazer uma apresentação tão tenebrosa que faz a modalidade virar chacota global.
Simplesmente Rachel “Raygun” Gunn. pic.twitter.com/1in44IWSh3
— Diogo Cadarn (@DiogoCadarn) August 9, 2024