Ecologia: Tóquio 2020 foram as Olimpíadas mais sustentáveis da história
Medidas importantes foram tomadas, com foco na reciclagem e na diminuição dos gases causadores do efeito estufa, resultando num evento modelo para o futuro
Demorou pra acontecer e agora as Olimpíadas de Tóquio já deixam saudade. Mas não só isso! O legado ecológico deixado por elas é a prova de que os futuros Jogos Olímpicos tem um modelo a seguir e superar. Dentre as medidas tomadas pelo Japão, tivemos:
1. 100% das medalhas foram produzidas com metais provenientes do lixo eletrônico
Em dois anos, o Japão coletou aproximadamente 80 mil toneladas de descartáveis para confeccionar as cobiçadas medalhas de ouro, prata e bronze. Além de perigosíssimo para o meio ambiente, por ser tóxicos e demorar centenas de anos para se decompor, o descarte incorreto de lixo eletrônico, como pilhas e baterias, pode causar alguns tipos de câncer em seres humanos.
2. Todas as camas dos dormitórios dos atletas foram feitas de papelão
Dessa maneira, assim que os jogos acabarem, elas podem ser completamente recicladas. O Douglas Souza testou e aprovou!
3. A Vila Olímpica vai virar complexo de apartamentos após as Olimpíadas
E continuará tendo sua energia gerada por células de combustível de hidrogênio, o que já ocorreu durante os jogos, uma energia mais limpa para o planeta. Além disso, muitas das construções foram feitas usando madeira, para que, após o torneio, elas pudessem ser desmontadas e reerguidas para alojar famílias, sem que “elefantes brancos” fossem deixados para trás, como acontece em algumas edições das Olimpíadas, em que grandes estruturas são erguidas usando cimento e acabam ficam obsoletas com o fim das competições.
4. Carros elétricos fizeram todo o transporte em Tóquio 2020
Competidores, comissões técnicas, funcionários e jornalistas foram transportados entre os locais de partidas e os dormitórios com carros elétricos, que são menos poluentes, já que não funcionam com a queima de combustível.
5. Os pódios foram produzidos com lixo plástico coletados do mar e de casas japonesas
Com a ajuda de impressoras 3D, esses resíduos se transformaram no local mais cobiçado pelos atletas: o pódio olímpico!
6. Os uniformes dos voluntários foram produzidos com tecidos sustentáveis e evitando desperdício de água
Nos anos anteriores à pandemia, pontos de coleta de roupas foram distribuídos pelo Japão, para que as pessoas pudessem descartar aquelas peças que talvez estivessem muito gastas para serem doadas. Depois disso, a empresa Asics coletou essas roupas, as transformou em poliéster reciclado e começou a produzir os uniformes olímpicos. No processo, um corante que exige menos água foi usado, evitando maiores desperdícios. “Essa iniciativa surgiu para contribuir para o estabelecimento de uma sociedade mais sustentável, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e suas metas para redução das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2030”, informou Daniel Costa, diretor de produtos da Asics América Latina.
7. A Tocha Olímpica também nasceu da reciclagem
O grande ícone dos jogos foi produzido com resíduos de alumínio dos destroços do tsunami de 2011. “Desenhada com sobreviventes”, diz slogan da campanha. Sua chama, ao invés de ser fruto da reação química provocada pelo oxigênio, combustível e calor, foi alimentada com hidrogênio, uma ação benéfica na luta contra o aquecimento global.
8. Tóquio 2020 é uma Olimpíada que vai “além da neutralidade de carbono”
Isso por causa de muitas medidas adotadas, como os carros elétricos e a produção de itens olímpicos usando materiais recicláveis e reciclados. A pandemia também contribuiu para que o evento batesse essa meta, uma vez que o público não foi liberado, assim como algumas empresas locais, que doaram créditos de compensação de carbono. Estima-se que 2,73 milhões de toneladas tenham sido produzidas durante o evento, uma redução de 280 mil toneladas com relação aos jogos anteriores.