Apesar de ser um país desenvolvido, as escolas dos Estados Unidos ainda possuem códigos de vestimenta bastante ultrapassados. Frequentemente, meninas norte-americanas publicam desabafos na internet sobre as políticas injustas dos colégios relacionadas ao “dress code“, que proíbe o uso de algumas peças de roupa.
Nesta semana, Lizzy Martinez, de 17 anos, foi à escola Braden River High School, na Flórida, vestindo uma camiseta cinza larga. A jovem resolveu não usar sutiã naquele dia. Depois de algumas aulas, a garota foi chamada à sala da diretora porque uma professora relatou que o corpo de Lizzy estava “distraindo a atenção dos outros alunos”.
No Facebook, a mãe da menina, Kari Knop, desabafou sobre o ocorrido. “Eles pediram para a minha filha colocar uma camiseta a mais e disseram para ela andar de um lado para o outro para ver o quanto seus seios se movimentavam“, disse. Lizzy chorou na enfermaria da escola, onde os funcionários chegaram a entregar quatro Band-Aids para que ela colocasse sobre os mamilos. Constrangedor e abusivo.
Ao telefone, a diretora do colégio disse para a mãe da menina que a aluna só foi convocada porque muitos colegas estavam falando dela. “Eu perguntei se algum deles foi repreendido por estarem falando dela e ela me falou que, na verdade, eles não estavam falando dela, mas sim encarando-a. Então, eu perguntei se algum funcionário disse para eles olharem para o rosto dela em vez de encararem seus seios“, contou a mãe. De acordo com Kari, a diretora ficou em silêncio depois disso.
Em resposta, a diretora admitiu que o caso foi tratado de maneira inapropriada. Segundo ela, o sutiã não é obrigatório no código de vestimenta da escola, mas alterações futuras no documento exigirão o uso. Com o apoio da mãe, Lizzy está disposta a continuar “desrespeitando a regra” como forma de protesto contra uma política injusta. E ela está certíssima! Toda garota tem o direito de decidir usar ou não sutiã, assim como qualquer outra peça de roupa. Se o problema for os olhares dos outros alunos, então o dever da escola é conversar com eles.
Nosso apoio e solidariedade a Lizzy, e nosso total repúdio às ~alterações futuras no documento escolar~.
