Você, provavelmente, deve conhecer alguém ou pelo menos já ter ouvido falar sobre algum caso de vazamento de fotos íntimas sem consentimento nas redes sociais. Infelizmente, este tipo de situação acontece cada vez mais entre os jovens, geralmente motivados após o término de um relacionamento.
Também conhecido como revenge porn (pornografia de vingança), o tópico é o segundo mais frequente nas denúncias do Canal de Ajuda da SaferNet. De acordo com os indicadores do site, 289 pessoas denunciaram exposição íntima em 2017. Destas, 204 eram mulheres e cerca de 16% das vítimas femininas são adolescentes.
As consequências psicológicas desse tipo de intimidação são muito graves, principalmente para os adolescentes. Pensando em tentar diminuir os casos, a Unicef e o Facebook, em parceria com a Sherpas, criaram o projeto Caretas direcionado para usuários entre 13 e 17 anos.
A experiência virtual apresenta uma personagem fictícia que interage com os adolescentes como se fosse uma amiga em comum. Apesar de ser um robô, a Fabi Grossi tem um rosto real, manda áudios e fotos, além de usar gírias e digitar como qualquer outro jovem. Ela também carrega uma história: aos 21 anos, Fabi acabou de ter um vídeo íntimo vazado pelo ex-namorado. Dentro do aplicativo Messenger, a personagem compartilha a história dela com quem entrar em contato e pede ajuda. Entenda como funciona:
Por utilizar técnicas de envolvimento e interação com o adolescente, o diferencial do projeto é trazer realidade e identificação. Fica muito mais fácil abordar a prevenção e ensinar como reagir em casos de revenge porn quando quem está falando sobre isso é uma amiga, principalmente para os jovens que não conseguem falar sobre isso e outros assuntos com os pais. De acordo com a Unicef, 90,5% dos usuários que testaram a ferramenta aprenderam a se proteger. Além disso, a Fabi também dá conselhos de empoderamento para superar a situação e entender que a vida continua mesmo depois disso.
Se você se sentir ameaçada por alguém que tem fotos íntimas suas, entre em contato diretamente com o Facebook ou o SaferNet. Para conversar com a Fabi, basta acessar a página no Facebook e enviar uma mensagem. Denuncie!