A gente tem a tendência de achar que o mais é sempre melhor: mais exercícios, mais suor, mais saúde. Só que a gente se esquece de que os exageros podem ser bastante perigosos. Indo contra aquela ideia transmitida pela hashtag #NoPainNoGain, de que é preciso sofrer malhando para obter resultados satisfatórios, cientistas de 20 universidades diferentes, dos Estados Unidos à Europa, publicaram recentemente um estudo que garante que 11 minutinhos diários de atividades físicas podem ajudar o ser humano a ter uma vida mais duradoura.
Comandada pela Escola Norueguesa de Medicina Esportiva, a pesquisa mostra que, ao mexer o corpo moderadamente durante esse curto espaço de tempo todos os dias (por exemplo, fazendo uma caminhada rápida), impactos positivos são registrados em nossa saúde, contribuindo para o combate ao sedentarismo e à mortalidade precoce, especialmente por causa de doença cardiovasculares.
Vale lembrar que, anteriormente, um estudo realizado pela Universidade de Copenhague já havia rebatido a ideia de que é preciso treinar intensamente todos os dias, por pelo menos uma hora, para garantir bons resultados. Publicado no American Journal of Physiology, foi descoberto que o efeito de 30 minutos de exercícios moderados, capazes de promover aquela suadeira básica, é semelhante ao de 60 minutos de prática. “Os participantes do nosso estudo treinaram todos os dias durante três meses. Os treinos foram planejados para produzir um leve suor, mas os participantes tinham de aumentar a intensidade e dar tudo de si três vezes por semana”, explicou Mads Rosenkilde, um dos pesquisadores, sobre a metodologia aplicada.
Além de uma caminhada em uma velocidade mais rápida, outras práticas curtas e um pouco mais intensas podem ser eficazes, como reproduzir uma aula yoga no YouTube e até jogar uns minutinhos diários de Just Dance.
Na sociedade em que vivemos, é muito comum que associemos ainda a realização de exercícios, principalmente os praticados em academias, à busca por um “corpo perfeito” e à luta contra a balança. Na verdade, virar essa chavinha é o primeiro passo para combater muitos padrões estéticos e a própria gordofobia. Faça atividades física por você e pela sua saúde, não para travar uma batalha interna contra seu corpo e seu reflexo no espelho.