Felca faz da dor motivação para contribuir na discussão sobre saúde mental

O youtuber foi nomeado parceiro nacional da saúde mental pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)

Por Juliana Morales 18 ago 2025, 19h32
O

influenciador Felca, que ficou em evidência após publicar um vídeo-denúncia sobre adultização e criar um grande movimento acerca do problema, ficou conhecido por seus vídeos humorísticos com tom crítico, mas nunca escondeu situações difíceis que passou na adolescência e os problemas de saúde mental que enfrentou. 

Em vídeo ao lado da tiktoker Kika Castro, publicado há quatro meses no Youtube, o jovem falou sobre o bullying pesado que sofreu por oito anos em um colégio que estudou. “Foi muito tempo de exposição. Era um bullying de muita violência, muita agressividade”, contou, ao relatar agressões físicas e emocionais das quais ele era submetido pelos colegas de sala. 

“Só que o que mais dói não são os apelidos, não é nem a agressão física. É o isolamento, quando as pessoas não te incluem, não enxergam você. Você é tão invisível, que as pessoas falam mal de você do seu lado. Isso dói muito, você se sentir nada”, continuou o desabafo. 

Em entrevista recente ao PODDELAS, apresentado por Tatá Estaniecki, Felca relatou que todo esse histórico de bullying fez com que ele desenvolvesse algumas questões complicadas, como a fobia social. “Em 2019, por exemplo, eu não conseguia sair de casa. Era um medo de qualquer tipo de interação social”, contou. 

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A dor virou contribuição

No último domingo (17), o youtuber compartilhou com seus seguidores que foi nomeado parceiro nacional da saúde mental pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A ABP agradeceu a ele pela “contribuição na luta contra o preconceito e desinformação na psiquiatria”. “O influencer divulga para os seus mais de 8 milhões de seguidores mensagens que orientam a população”, afirmou a instituição.

Apesar de só ter divulgado a nomeação agora, ele recebeu a homenagem em junho deste ano, quando estava tratando em seus conteúdos sobre o vício em jogos de azar. Em nota, a ABP o reconheceu por sua atuação e engajamento no assunto.

“Eu não poderia imaginar que minha breve estadia nesse mundo poderia ajudar, mas aparentemente ajudou, sou grato. busque terapia. Obrigado pela oportunidade de começar a ressignificar toda minha dor”, escreveu no Instagram, ao divulgar a novidade.

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