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Garota de 11 anos se mata por achar que não tem um ‘corpo ideal’

'Meninas bonitas não comem', escreveu irlandesa no próprio corpo antes de cometer suicídio.

Por Isabella Otto Atualizado em 4 dez 2017, 12h24 - Publicado em 4 dez 2017, 12h24

Há quase dois anos, Milly Tuomey, de 11 anos, foi encontrada em estado crítico pelos pais em casa, logo após o jantar. A irlandesa, que tentou suicídio, foi levada às pressas ao Our Lady’s Children’s Hospital, no povoado de Crumlin, em Dublin, mas não sobreviveu. Em seu corpo, foi encontrada a frase: “meninas bonitas não comem”.

Reprodução/Reprodução

Recentemente, após anos analisando o caso, as autoridades locais encarregadas da investigação comprovaram que a menina tinha distúrbios alimentares e se matou por não ter “um corpo ideal”.

“Ficamos aterrorizados(…) Não sabíamos o que fazer”, revelaram Fiona e Tim Tuomey, pais de Milly, quando descobriram que a filha escondia um diário suicida embaixo da cama. A descoberta veio pouco tempo antes da tragédia.

Aos 11 anos, uma garota sofria secretamente por não ter o corpo que via nas revistas, na TV, nas redes sociais. O corpo que ela não via nos desfiles de moda. Aos 11 anos (ou em qualquer outra idade), essa era a última coisa que deveria incomodar a pequena Milly, que deveria estar brincando, se divertindo com as amigas, se preocupando com as provas escolares e  com a adolescência, que estava prestes a chegar.

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Reprodução/Reprodução

É importante que, além de compartilhar notícias do tipo nas redes sociais com algum comentário triste, você realmente pare para refletir sobre elas. Qual é o peso negativo de postagens que vemos nas redes sociais de pessoas enaltecendo produtos que prometem afinar a cintura, fazer emagrecer, alterar o formato natural do corpo? É claro que todas as pessoas são livres para fazerem suas escolhas, mas não é no mínimo preocupante que o número de cirurgias plásticas venha crescendo entre adolescentes, que ainda nem estão com os corpos formados? Se a grande mídia antes tinha uma peso sobre isso, hoje podemos dizer que os influenciadores digitais talvez tenham entrado para a lista também.

A adultificação de crianças pode matar, assim como os padrões de beleza.

 

 

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