Para Giovanna Veronez, de 16 anos, é muito importante que os jovens – principalmente as meninas – ocupem cada vez mais espaços acadêmicos. Não à toa ela, no início de abril de 2024, participou do II Encontro de Jovens Cientistas organizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O evento aconteceu em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, e angariou mais de 150 expositores – entre professores e aluno.
Veronez, que é da Galera CAPRICHO 2024, conta que ficou super animada em participar do evento e visitar o INPE – inclusive, você pode conhecer toda a nossa galera aqui.
“Eu pensava nisso como uma realidade distante sabe? Fiquei muito feliz e realizada em apresentar o projeto em um lugar tão importante para o setor espacial brasileiro”, disse Veronez para a CH. Para o evento, a membra da Galera CH expôs o trabalho ‘Medindo a expansão do universo através de supernovas’ juntamente com uma amiga.
Você pode acompanhar como foi esse dia super marcante para elas aqui:
O que ainda distancia jovens meninas da ciência?
Giovanna chama atenção para a falta de incentivo para que os jovens sigam afastados de espaços acadêmicos: “Existem iniciativas que promovem mais jovens na ciência como o próprio projeto educação do INPE, mas infelizmente esses projetos são pouco divulgados e poucos jovens têm acesso, então com certeza o que falta é o incentivo e a divulgação de projetos que buscam incentivar jovens no ensino médio a fazerem ciência”, destacou.
A avaliação de Giovanna faz mesmo sentido. No ano passado, nós mostramos como faltam mulheres em áreas de exatas e tecnologia no Brasil a partir do levantamento ”Meninas brasileiras e a inserção em STEM: um abismo no presente e horizonte para o futuro” divulgado pela plataforma ‘Força Meninas’.
De acordo com o estudo, apenas 13% das vagas em computação e tecnologia são ocupadas por mulheres no Brasil. No mundo, 28% ocupam esses espaços. Quando olhamos para a ocupação feminina de vagas em engenharia e produção industrial o percentual é menos díspar: 21,6% no Brasil, e, 27% ao redor do mundo (mesmo assim, bem distante do ideal, né?). Você pode ler tudo sobre isso aqui.