Desde o primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro, os índices de desmatamento no Brasil tem batido recordes, assim como os focos de incêndio na Amazônia e no Pantanal. Foi divulgado recentemente pelo Observatório do Clima que, apesar de Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, alegar falta de verbas para “salvar a Amazônia”, foi usado apenas 0,4% do valor autorizado pelo governo em um ano. Em meio à crise ambiental, Jair Bolsonaro aprovou o corte de orçamento destinado a órgãos ambientais em 2021.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, no próximo ano, o Ibama terá uma redução na verba de 4% já aprovado pelo Congresso. A redução do ICMBio, de 12,8%, ainda precisa ser aprovada por senadores e deputados. Por ora, nenhum dos dois órgãos nem o Ministério do Meio Ambiente se posicionou sobre o corte. “A impressão que eu tenho é que vão matar o ICMBio para tentar enfiar o Ibama e o ICMBio na mesma autarquia”, disse Suely Araújo, ex-presidente do Ibama e especialista sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima.
Para os ambientalistas, essa é mais uma manobra do governo na tentativa de paralisar a agenda do meio ambiente no país, já bastante afetada pelo coronavírus. Em maio, vazou uma declaração do ministro Ricardo Salles falando que a pandemia seria usada como “cortina de fumaça” para acobertar crimes na Amazônia e a falta de fiscalização.