Jovem de 17 anos se torna o primeiro Rei do Baile trans da escola
"O que eu quero é que as pessoas se sintam confiantes com elas mesmas."
Alan Belmont, de 17 anos, tornou-se o primeiro homem transgênero a ser eleito o Rei do Baile durante formatura do ensino médio do North Central High School, em Indianápolis, capital de Indiana, nos Estados Unidos. A cerimônia aconteceu no último sábado, 22, e foi inesquecível para o aluno.
Acompanhado de sua namorada, Anastacia Cohen, Alan comemorou a conquista nas redes sociais e aproveitou para explicar o quanto ela é importante. Ele disse que queria vencer a competição não por ele, mas pelas crianças trans de sua escola e por outras crianças LGBT que não se sintam confiantes. “Eu acho que as pessoas votaram em mim pela mensagem que eu passo. O que eu quero é que as pessoas se sintam confiantes com elas mesmas, não importa qual seja sua identidade”, afirmou em entrevista ao site Seventeen.
É claro que apesar de ter sido ovacionado por seus colegas, como é possível ver no vídeo abaixo, o jovem já enfrentou e ainda enfrenta muito preconceito. A raiz da maioria deles é a ignorância. Alan postou em seu Instagram uma imagem em que a palavra “rei” havia sido alterada por “rainha”. Algumas pessoas simplesmente não querem entender o conceito de transexualidade – e, com isso, vivem em sua ignorância e se tornam preconceituosas. “Eu quero que meus amigos trans saibam que isso não é nada mais que estupidez e ódio. Isso não me para, e eu vou continuar lutando para vencer a ignorância com muito amor e orgulho“, desabafou na rede social.
O estudante pretende continuar sua luta ao lado de sua namorada, que também é ativista e participa de ações em prol da comunidade LGBT. Em janeiro, fez um ano desde que Alan se tornou publicamente um homem trans no Facebook e no Instagram. “Espalhe amor e felicidade” é o seu lema sempre.
https://www.instagram.com/p/BOtZBJ6j3qQ/?taken-by=alanchrismont
Parabéns não só para o Alan Belmont, mas para a North Central High School, por ser uma instituição livre de antigos e enraizados preconceitos. O futuro é liberdade!
+ Leia mais: Quero ser uma menina! a história da Amanda Guimarães, a Mandy Candy