uliette decidiu se pronunciar sobre as críticas ao seu corpo após aparecer com um look que marcava a barriga no Rock in Rio 2024. No início do vídeo publicado nas redes sociais, ela conta que leu os comentários de uma entrevista que deu durante o festival e a maioria era sobre a flacidez da sua barriga. “Sim, eu tenho flacidez na barriga, tenho celulite, estria e sabe o que isso muda na minha vida e na sua? Nada!”, rebateu.
No entanto, após essa fala, a cantora e ex-bbb revelou que o tema verdadeiro do vídeo não seria os comentários negativos em relação ao seu corpo ou sua roupa. Na verdade, ela estava usando a “polêmica” para fazer um alerta importante ao público sobre um problema que o país está enfrentando: as queimadas.
“Agora sabe o que é preciso? Falar sobre as queimadas que estão devastando o nosso país. Se não tivesse falado sobre a minha flacidez no início, muita gente nem estaria aqui. Isso não é normal. O mais chocante é que a maioria das queimadas são provocadas por ações humanas, e não naturais, ou seja, incêndios criminosos”, afirma no vídeo.
No início do mês de setembro, para entender a gravidade do problema citado por Juliette, a fumaça chegou a cobrir mais de 60% do Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O ar em Rio Branco, capital do Acre, ficou 30 vezes mais poluído que o tolerável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a cidade de São Paulo registrou a pior qualidade do ar do mundo em um ranking internacional duas vezes consecutivas. E esses são só alguns dos dados assustadores.
“O que a gente faz?’ Também quero saber. A minha função como cidadã é exatamente essa, falar sobre isso, abrir os olhos para isso, é buscar soluções, respostas dos nossos governantes, é fiscalizar”, continua Juliette. “Porque eu vivo tranquilamente com a minha flacidez da barriga, as características normais do meu corpo, mas com o meio ambiente devastado, não vamos sequer sobreviver”, finaliza e em seguida compartilha os contatos do corpo de bombeiros (193) e do IBAMA (0800 061 8080) para denunciar as queimadas.
A Bárbara Poerner, jornalista, repórter e roteirista de direitos humanos, sociedade e cultura, e clima e meio ambiente, falou sobre esse tema em sua coluna mais recente aqui na CAPRICHO. No texto, ela destaca como as secas históricas, queimadas e incêndios criminosos só reforçam a necessidade de eleger pessoas comprometidas com o enfrentamento às mudanças climáticas. Bora ampliar esse debate? Leia o artigo completo aqui.