O que fazer caso não encontre mais álcool em gel para comprar?
Enquanto uns estocam, outros ficam sem. Esse é um cenário eficaz na luta contra pandemias? A resposta, obviamente, é não. Veja as dicas a seguir!
Por Isabella Otto
Atualizado em 17 mar 2020, 15h47 - Publicado em 17 mar 2020, 14h15
Surtos geram pandemias que geram desespero populacional que geram falta de empatia. É sempre assim. Os que podem, mesmo que não seja necessário, saem estocando alimentos, bebidas e produtos de higiene, sem pensar no próximo – muito menos naqueles que já não têm. Em meio à crise do coronavírus no Brasil, a vítima das prateleiras, assim como aconteceu em 2009, durante a pandemia de H1N1, é o álcool em gel.
Primeiro, o pessoal do laboratório explica que álcool é eficaz contra vírus porque o etanol consegue dissolver a “capa protetora” dos lipídeos, ou seja, a gordura desses agentes. O álcool em gel 70% é ótimo para higienizar as mãos em transportes públicos, por exemplo, mas, em casa, ele não se faz necessário, porque outros produtos, inclusive mais acessíveis, podem fazer o seu papel.
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É o caso, por exemplo, do detergente, produto excelente para a remoção de gorduras! Sabão, sabonete (líquido ou em barra) e até xampu também podem ser usados na higienização das mãos e dos braços. É interessante evitar as opções hidratantes e preferir as anti-bacterianas.
Móveis, livros, notebooks, celulares, etc podem ser higienizados com produtos de limpeza como multi-uso, desinfetantes, limpa-vidros e até mesmo solução diluída de hipoclorito. Jamais use esses artigos para higienizar a pele, ok?
Como salienta o Laboratório de Macromoléculas e Nanopartículas: “Deixe o álcool gel apenas para situações em que você não tem torneira para poder lavar as mãos”. Obrigada, pessoal da PUC-Rio. Arrasaram! Nessas horas, informações corretas e à disposição de todos se fazem mais do que necessárias! 😉