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O que fazer e como pedir ajuda em caso de violência sexual

Buscar acolhimento e saber seus direitos é fundamental nesse momento difícil, além de lembrar que a culpa nunca é da vítima

Por Juliana Morales Atualizado em 29 out 2024, 15h40 - Publicado em 21 jun 2024, 18h38
S

im, infelizmente, é preciso usar este espaço do SOS Sexo para tratar uma questão sobre violência sexual. Como já mostramos aqui na CAPRICHO, o Brasil registrou o maior número de casos de estupro e estupro de vulnerável na história do país. E as maiores vítimas fazem parte da nossa galera: são meninas de até 14 anos que estão mais vulneráveis a esse tipo de violência.

Laura Molinari, coordenadora da campanha Nem Presa Nem Morta, reforça a todas garotas que qualquer ação sexual contrária a sua vontade é uma violência sexual – não importa qual seja a sua relação com a outra pessoa. Pode ser namorado, parente, amigo, alguém que você confia, se agiu sem seu consentimento, é uma agressão.

“Quando falamos de estupro, que envolve uma relação sexual forçada, nos referimos, inclusive, ao ato de tirar a camisinha sente avisar e sem a sua permissão”, esclarece Laura.

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Mas, então, o que fazer se você for vítima de um estupro?

“A primeira coisa é procurar alguém de confiança para te acompanhar na busca por ajuda e te dar apoio nesse momento”, aconselha Laura. O próximo passo é ir a um posto de saúde para buscar cuidados médicos, como exames, medicações para prevenir as infecções sexualmente transmissíveis, além da pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez. Mas vale lembrar que este último método tem eficiência se for usado até 72 horas após o ocorrido.

“Nesse atendimento não pode ser exigido o boletim de ocorrência”, pontua Laura. Afinal, é possível fazer denunciar o estupro em uma delegacia especializada no atendimento à mulheres, mas a denúncia NÃO é obrigatória. É uma decisão que cabe à vítima e, no casos dos mais novos, aos responsáveis também.

“Existem muitas coisas envolvidas na na violência sexual, então nem sempre é fácil a pessoa reconhecer que passou por uma situação de violência ou buscar ajuda”, diz a coordenadora da campanha Nem Presa Nem Morta. Esse, inclusive, é o motivo que muitas meninas e mulheres acabam descobrindo uma gravidez indesejada só algum tempo depois.

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Segundo a lei brasileira atual, independentemente do tempo de gestação, a vítima de estupro tem o direito de interromper a gestação. “É recomendado buscar um hospital de referência para realizar o procedimento, de forma legal e segura. Caso seja maltratada ou tenha um atendimento negado em qualquer uma dessas etapas, procure a Defensoria Pública, que tem o dever de te apoiar na busca pelos seus direitos”, explica Laura.

“E não se esqueça: a culpa da violência nunca é de quem passou por ela“, finaliza.

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