O que já se sabe sobre o novo subtipo da Ômicron? Ele é mais letal?

A OMS emitiu um alerta sobre uma sublinhagem da variante que já é maioria em países como Dinamarca, Índia e Reino Unido

Por Isabella Otto 27 jan 2022, 12h27

Nesta quarta-feira (26), a OMS emitiu um alerta sobre um novo subtipo da variante Ômicron, que deixou muita gente de cabelo em pé. Afinal, as coisas estão novamente complicadas e ninguém aguenta mais, né? Mas, na prática, a notícia não é assim tão ruim.

Na verdade, a Ômicron possui sublinhagens, como as outras variantes do coronavírus. Até o momento, foram identificadas quatro: a BA.1 (original), BA.1.1, BA.2 e BA.3. Só que a BA.2 tem se mostrado mais saidinha no quesito virulência, se espalhando mais facilmente por aí. Tanto é que ela já é maioria em países como Índia, África do Sul, Canadá, Reino Unido e Dinamarca.

Coronavirus
Artur Carvalho/Getty Images

Ela possui 27 mutações com relação ao vírus original da Ômicron, inclusive na proteína spike. Justamente por isso, apresenta um potencial maior de contaminação. Então, a Organização Mundial da Saúde decidiu alertar os líderes das nações sobre isso.

Contudo, ainda não há estudos suficientes para dizer se a sublinhagem é mais agressiva. Por ora, especialistas acreditam que não. Em entrevista para o jornal The Washington Post, Robert Garry, virologista da Tulane University School of Medicine, disse que o subtipo preocupa mais por causa do seu poder de propagação mesmo, mas que, no sentido de letalidade, não deve ser muito diferente.

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A Ômicron é conhecida por afetar mais o sistema respiratório superior, causando quadros menos graves da doença, ainda mais entre os vacinados, mas ainda assim é preocupante, uma vez que, por ser mais viral, ela acaba infectando mais pessoas ao mesmo tempo, podendo causar um novo colapso no sistema de saúde.

Por isso, é importantíssimo que a campanha de vacinação siga com força total, que novas sublinhagens e variantes sejam investigadas, e que a gente siga tomando os cuidados básicos contra a Covid-19, como usar máscaras, evitar aglomerações e manter a boa higiene das mãos. Vale ressaltar que 8 em cada 10 internações são de não vacinados e que a média móvel de contaminações vem batendo recordes diários no Brasil.

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