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O que o Enem espera de você e como desenvolver estas habilidades

Para ir bem no Enem não basta só decorar os conteúdos, viu? O exame avalia a capacidade analítica dos candidatos. Vem entender!

Por Juliana Morales Atualizado em 29 out 2024, 18h40 - Publicado em 1 jun 2023, 12h28

Na próxima semana começam as inscrições para o Enem 2023. Se você está prestes a terminar ou já concluiu o Ensino Médio, é a sua chance de prestar o exame para tentar uma vaga em universidades de todo o país. Mas, para isso, é preciso estar preparado para encarar uma prova extensa, com muitos textos, e multidisciplinar (ou seja, com questões que cobram mais de uma área do conhecimento por vez).

É um caminho desafiador, sim, mas com dedicação e estratégia você vai conseguir mandar muito bem. Além de dominar os conteúdos, entender como funciona a prova e o que a banca examinadora espera de você faz toda a diferença na sua preparação. Vamos lá!

O Enem, que acontece em dois dias, é formado por 180 questões. Na primeira prova são 45 questões de Linguagens, 45 de Ciências Humanas e uma redação, já no segundo dia, o candidato precisa resolver 45 questões de Matemática e 45 de Ciências da Natureza.

Madson Molina, coordenador do Curso Anglo, explica que nos dois dias de aplicação o Enem aborda a maior parte dos conteúdos que são apresentados na Matriz Curricular do Ensino Médio (documento que especifica o que vai ser ensinado nessa etapa), mas a prova também quer entender se o aluno tem uma capacidade crítica e interpretativa, que vai além da decoreba de fórmulas e informações.

“Em muitos casos, o conteúdo não é o essencial, ele é apenas um pano de fundo para que as habilidades do candidato sejam testadas”, explica Molina à CAPRICHO.

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Mas quais são essas habilidades, afinal?

O especialista destaca que a compreensão de texto nos seus mais diferentes formatos e o entendimento de fenômenos naturais, sociais e históricos são aspectos muitos importantes para pensar no Enem.

“A prova demanda bastante que os candidatos reconheçam na sua sociedade o protagonismo dos conteúdos aprendidos no Ensino Médio e como eles são impactantes no dia a dia”, diz Molina.

Existe um documento oficial do Inep, instituto responsável pelo exame, chamado Matriz de Referência, que especifica oficialmente essas habilidades exigidas pelo Enem, que Molina explicou. Elas são chamadas de “eixos cognitivos” e são comuns a todas as áreas de conhecimento. São elas:

Dominar linguagens

Neste ponto, além de dominar a norma culta da Língua Portuguesa, que é escrever corretamente, e também ter os conhecimentos cobrados das línguas espanhola e inglesa, a prova avalia a capacidade do estudante “fazer uso das linguagens matemática, artística e científica”. Ou seja, se ele consegue analisar e entender gráficos, números, charges, obras de arte e ilustrações, por exemplo.

Compreender fenômenos

Este eixo fala sobre a capacidade de “construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos históricogeográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas”. Em outras palavras, o exame quer que o estudante consiga pegar o conteúdo que aprendeu em sala de aula para analisar e compreender o que está acontecendo no Brasil e no mundo.

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Enfrentar situações-problema

As questões do Enem pedem que o candidato seja capaz de “selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situaçõesproblema”.

Construir argumentação

Sabe quando o professor ou professora de redação fala sobre criar argumentos fortes para sustentar a tese do seu texto? Uma das habilidades é justamente “relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente”. Isso também pode aparecer em questões, quando você for interpretar um texto e precisa entender o argumento do autor, por exemplo.

Elaborar propostas

Para elaborar propostas de intervenção solidária, o Enem também pede que os estudante “recorram aos conhecimentos desenvolvidos na escola, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural”.

Por isso, para desenvolver essas habilidades, além de revisar o conteúdo ensinado em sala de aula e fazer exercícios, é muito importante buscar repertório em filmes, livros, séries, ir a exposições de arte e também ficar ligado nas atualidades, acompanhando as notícias e análises do que está acontecendo no mundo. 

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