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Os aprendizados que uma viagem pode trazer sobre saúde mental e autoestima

A CAPRICHO acompanhou a visita transformadora de vários influenciadores digitais à cidade de Cusco, no Peru

Por Sofia Duarte 19 jun 2022, 10h00
Embaixadores da Salon Line em viagem ao Peru
Embaixadores da Salon Line em viagem ao Peru Salon Line/Divulgação

Você já experimentou sensações de descanso e felicidade enquanto conhecia pessoas e culturas diferentes? Ou aproveitou para fazer reflexões introspectivas e descobrir coisas sobre você mesma ao visitar lugares novos? Na viagem que a CAPRICHO fez ao Peru, acompanhamos o time de embaixadores da Salon Line e percebemos o quanto a história e a energia desse país mexeram com os sentimentos de quem estava lá. A necessidade de desacelerar, a percepção sobre o que somos capazes de fazer, estão entre as observações feitas por Jéssica Lopes, Mariana Andradde e Erijakson.

Saúde mental

Afinal, viajar pode trazer benefícios à saúde mental? Sim, viajar pode liberar hormônios como a serotonina, que traz uma sensação de prazer, pode estimular a criatividade, reduzir o estresse e trazer muito autoconhecimento. No entanto, trata-se também de uma experiência muito individual, que pode despertar emoções diferentes para cada pessoa.

“Saúde mental é algo delicado e que precisa ser pensado caso a caso”, avalia a criadora de conteúdo Jéssica Lopes. “Mas, com certeza, abrange ter mais tempo para si, autoconhecimento, autocuidado… E viajar entra nesses quesitos. Quanto ao Peru, especificamente, a energia desse lugar pode te fazer transcender e abraçar o autoconhecimento, se você estiver aberta a essa experiência.”

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Para Mariana Andradde, a viagem ao Peru trouxe um novo olhar sobre o tempo, até porque, para evitar o mal-estar causado pela atitude, a recomendação é fazer tudo com calma. “Chamou muita a minha atenção a forma como eles [os peruanos] lidam com o tempo. O tempo para eles é realmente sagrado. E, unindo isso com a altitude, eu percebi que nada é tão urgente que você não possa pensar com mais calma”, relata. “Isso é uma coisa que eu vou levar para a vida, de desacelerar, respirar antes de fazer as coisas, porque, às vezes a gente faz as coisas no automático e acaba não olhando para dentro de si. […] A vida é a gente estar presente nos momentos e vivê-los de fato.”

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Desafios e autoestima

Por outro lado, foi unânime a conclusão de que a viagem ao Peru é desafiadora. Muitos degraus e subidas debaixo de um sol quente, em um solo irregular cheio de pedras, e com a altitude elevada.

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Jéssica Lopes conta que recebeu relatos de pessoas dizendo que desistiram de ir ao país por acreditarem que não conseguiriam. “Muitas vezes a gente se limita pela nossa forma física, acha que não pode, que não consegue, que é uma viagem desafiadora, de altitude, de caminhada… E é lindo ver que nosso corpo é capaz e ainda tirar um aprendizado grande disso que é respeitar o seu corpo, o que você está sentindo e vai no seu ritmo. Eu acho que isso vale para a vida”, declara.

“Os passeios exigiam muito esforço físico”, lembra Erijakson. “Existem muitas limitações em uma viagem desse tipo, uma viagem que você não consegue controlar o ambiente, porque eles inseriram os turistas ali, mas são lugares históricos e que não se pode mexer muito. Eu fiquei pensando sobre até onde eles não querem ir ou não há inclusão e até onde não se pode mexer naquilo. Fiquei nesse dilema, pensando o que eles podem fazer para melhorar em relação à acessibilidade e o que não podem.”

Erijakson em viagem ao Peru
Erijakson em viagem ao Peru Salon Line/Divulgação
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“Eu, como um homem gordo, me senti desafiado a todo momento. Mas, é um tipo de desafio que, se você está com as pessoas certas, tanto em relação a guias como em relação às pessoas que estão te acompanhando na viagem, você consegue fazer. Eu poderia escolher fazer ou não, e eu escolhi fazer. Infelizmente, tem pessoas que não podem escolher. Mas, no meu caso, eu escolhi fazer, recebi o apoio da galera e até o aval do próprio médico da equipe da Salon Line, que foi junto com a gente. Foi essencial para mim ter esse médico de plantão”, completa Eri. “Foi uma viagem que mudou tudo para mim, mudou tudo em relação a como eu enxergo o meu próprio corpo, e olha que eu já trabalho muito isso em mim, mas com certeza mudou como eu entendo o que eu posso e o que eu não posso fazer em relação a ser uma pessoa gorda.”

Eri ainda conta que os passeios históricos que fizemos em Cusco o levaram a refletir a respeito dos povos antigos. “A gente acha que estamos no ápice da evolução, com nossos aparelhos eletrônicos, com nossas comodidades do dia a dia, mas não entendemos o que é, por exemplo, esculpir pedras em formatos específicos para que elas não cedam quando ocorrer um abalo sísmico, ou uma cidade em cima de montanhas como Machu Picchu, que ficou escondida e intocada até pelos conquistadores espanhóis. O que realmente é o que mais importa? Eu fiquei muito pensativo sobre isso.”

E você, já fez uma viagem introspectiva como essa que transformou o modo como você enxerga a vida?

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