8 pontos para considerar antes de fazer sua primeira tatuagem

O tatuador Renato Ostrowski dá uma série de dicas para você que está namorando a ideia de fazer uma tattoo

Por Isabella Otto 23 out 2022, 10h01
Mão segurando um equipamento de tatuagem e fazendo uma mandala nas costas de uma jovem mulher
Marco_Piunti/Getty Images

Ah, o sonho da tatuagem própria… (risos) Ele normalmente surge na adolescência e pode ou não te acompanhar durante a vida adulta. Mas por onde começar? Com qual idade posso fazer minha primeira tatuagem? E se eu me arrepender depois? As dúvidas são muitas, mas nada melhor do que escutar conselhos de quem está inserido nesse meio artístico.

O renomador tatuador Renato Ostrowski, fundador do Unna Tattoo Studio, já tatuou nomes como Federico Devito e Vitor Liberato, e lista para a CAPRICHO uma série de pontos que é interessante você considerar antes de fazer sua primeira tattoo.

1. Conhecer a legislação vigente no seu Estado

Ostrowski conta que não existe uma legislação federal que especifica a idade mínima para fazer uma tatuagem. “Há somente uma norma técnica da Anvisa que proíbe a prática em menores de idade sem autorização dos responsáveis, mas que não possui força de lei. Portanto, cada Estado possui sua legislação referente a essa prática. São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, não permitem a execução de tatuagens em menores de 18 anos, independente da autorização dos pais, enquanto outros, como Santa Catarina, permitem, desde que haja uma autorização registrada em cartório, para maiores de 16 anos”, esclarece. Portanto, a primeira coisa a fazer é pesquisar qual é a legislação vigente sobre o assunto no Estado onde você mora, para só então entender se é preciso ter uma séria conversa com os pais, caso seja menor de idade.

2. Escolher um bom profissional

Tem quem faça aquela primeira tattoo por impulso, quase que no susto. Mas, na maioria das vezes, pensar em fazer uma tatuagem demanda tempo. Exatamente por isso, Ostrowski conta que é interessante você procurar saber qual é o estilo do desenho da sua referência, qual é o melhor profissional para esse estilo, e buscar sempre indicações de amigos e conhecidos. “Além disso, recomenda pesquisar os trabalhos já cicatrizados dos profissionais, para o cliente ter uma ideia de como a tatuagem ficará a longo prazo. Ah! E essas pesquisas também valem para os estúdios, tá? É fundamental que as normas de higiene e segurança sejam seguidas corretamente“, alerta.

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3. Definir o local do corpo

Segundo o profissional, esse é um ponto importante a ser estudado. “Esteja certo da parte do corpo que vai tatuar, levando em conta o tamanho do desenho e o quão sensível a dor é naquele local”, aconselha Ostrowski, que dá a dica: “Escute seu tatuador, pois alguns desenhos ficam melhores em certas partes do corpo”. E se não estiver a fim de sentir muita dor, fuja de tatuagens na costela, nos joelhos, na região do estômago e próximo às partes íntimas.

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4. Buscar boas referências

Referência é tudo na vida! Sério. E vale também para tatuagens. “É muito importante que você tenha uma foto de referência em mãos, e de boa qualidade, assim terá uma ideia do desenho que imaginou, bem como a estética dele. Após pesquisar bastante, mande essa referência com antecedência para que o artista crie sua tattoo“, conta Ostrowski.

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5. Estar certa da sua decisão

Saber o momento de fazer a primeira tatuagem é sempre complexo, tanto pelo desconhecimento da experiência quanto pela responsabilidade de estar registrando algo na pele que, em teoria, é para sempre. “Muitos aguardam ansiosamente a chegada dos 18 anos e já se sentem prontos, enquanto outros ficam inseguros com o fato de ser algo que vai ficar em definitivo na pele. Independentemente, a sugestão é: comece pequeno. Dessa forma, você poderá ter uma experiência breve com a agulha, diminuindo um pouco o receio da dor e também permitindo com que você se acostume a ter uma arte, mais discreta, que irá fazer parte de você”, aconselha o especialista.

Mão de uma tatuadora medindo o decalque da tattoo no braço da cliente
Thais Ceneviva/Getty Images

6. Saber se você tem algum problema de cicatrização

A tatuagem é, invariavelmente, um processo em que há uma agressão na pele da pessoa tatuada. Em alguns estilos, isso se dá mais agressivamente. Em outros, não se vê nem sangue. Mas, independentemente do cenário, a tattoo é um machucado que, ao cicatrizar, retém a tinta na pele. Por isso, pessoas que possuem alguma deficiência imunológica ou possuem alguma síndrome, como a diabetes, que estejam ligadas à capacidade de cicatrização, devem antes procurar um médico para ter um parecer técnico da viabilidade da execução do procedimento. “Além disso, gestantes ou pessoas em processo de amamentação também devem buscar orientação antes de fazerem uma tatuarem. Além de condições de saúde específicas, pessoas que estejam fazendo certos tratamentos à base de remédios, que tenham impacto na cicatrização, como o Roacutan, por exemplo, não devem fazer tatuagens durante o tratamento. Portanto, a conclusão é que, na dúvida, você procure antes um médico para que nada inesperado ocorra e que a sua tatuagem fique perfeita, como você sempre sonhou”, dá a dica.

7. Observar o decalque no corpo

Com o desenho já finalizado e o decalque aplicado, veja se você gosta, se está na posição correta e se está acompanhando a área que você escolheu. Caso haja frases, observe se elas estão escritas corretamente. Não tenha medo de fazer ressalvas e tirar suas dúvidas. Afinal, a arte vai fazer parte de você muito em breve! “Perca alguns minutos analisando e estudando sua tatuagem para que não haja arrependimentos futuros”, aconselha Ostrowski.

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8. Cuidar da sua tatuagem

Para longevidade e beleza da sua tatuagem, é importante se atentar a alguns pontos durante a cicatrização e após a cicatrização. O tatuador ressalta que a exposição da pele recém tatuada ao sol pode causar alguns problemas na estética, como manchas, desbotamento e até alteração da cor nos desenhos realizados. E aconselha-se manter a pele sempre hidratada, combinado?

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