Precisamos falar sobre o uso de preservativo entre a nossa galera
Pesquisa aponta que quase 30% dos jovens entre 13 e 15 anos já tiveram relações sexuais, mas o uso de camisinha caiu nos últimos anos
Este não é um texto do SOS Sexo, coluna da CAPRICHO que tira dúvida de leitores sobre o tema, mas é hora de falar sobre sexo. Afinal, a nossa galera tem iniciado cada vez mais cedo a vida sexual. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada pela Agência Einsten, 28,5% dos jovens entre 13 e 15 anos já tiveram relações sexuais.
Analisando dados de 2009 a 2019, a pesquisa feita em parceria com Ministério da Saúde e apoio do Ministério da Educação, mostrou que os meninos ainda apresentam uma taxa maior de iniciação sexual em comparação com as meninas. No entanto, mais meninas dessa faixa etária estão iniciando a vida sexual: a taxa aumentou de 16,9% das meninas em 2009 para 22,6% das adolescentes em 2019.
Apesar do acesso à informação ter aumentado ao longo do tempo, o uso de preservativo, por sua vez, caiu 22,3% nos 10 anos avaliados – o que preocupa especialistas da área. Segundo a pesquisa, o percentual de jovens que usaram preservativo na última relação sexual caiu de 69,1% em 2009 para 53,5% em 2019. Outro dado apontou que também diminuiu o número de adolescentes que usaram qualquer método para evitar a gravidez: de 79,6% para 69,6%.
Na avaliação de Daniel Suslik Zylbersztejn, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em entrevista à Agência Einsten, a adesão ao preservativo tem caído entre os jovens, entre outras razões, porque eles não conheceram o impacto do vírus HIV na saúde da população. Sem esse medo, acabam não dando tanta importância para a proteção da relação sexual. Mas mesmo existindo tratamentos eficazes para a doença, todos devem se proteger!
E, mais uma vez, vale reforçar: o uso da camisinha é essencial, viu, galera? Além de ela evitar uma possível gravidez indesejada, também diminui (e muito!) as chances de você contrair alguma Infecção Sexualmente Transmissíveis (IST), como HPV, gonorreia, clamídia, sífilis, HIV, herpes, entre outras.