inteligência artificial está, cada vez mais, inserida no nosso cotidiano. Olhar para ela de forma crítica e entender qual é o papel da nossa galera diante dessa realidade é essencial. Esse foi um dos pontos discutidos no segundo painel do Super Meninas, evento da Girl Up em parceria com a CAPRICHO, que contou com a participação de Natália Paiva, sócia-fundadora da Alandar, consultoria em políticas públicas e Ana Freitas, diretora de inovação da Quid.
“Uma das coisas mais importantes que temos que fazer como sociedade é fazer com que as plataformas se responsabilizem sobre os conteúdos disseminados”, defendeu Ana. Ela explica que a IA é concebida a partir de dados gerados por nós e que, a partir deles, é como se a ferramenta aprendesse a prever cenários e criar novos conteúdos.
A partir disso, há muitos projetos legais que podem ser desenvolvidos, ao mesmo tempo, é aí que está um dos maiores problemas: o viés da inteligência artificial.
“Se você treina a IA com dados produzidos pela sociedade, que tem preconceitos, a ferramenta vai carregar esse repertório também”, explica Ana Freitas. “Viés sempre vai ter, o que é importante, então, é que as empresas de tecnologia tenham transparência sobre origem dos dados”, completa.
Ana reforça que é preciso que existam leis que garantam que podemos concordar que nossos dados sejam usados ou não, e que também sejamos compensados por isso.
Natália Paiva ressalta que, no cenário atual, a transparência das empresas de tecnologia está muito aquém. Geralmente, os dados usados para treinar a IA são sigilosos – isso precisa mudar. Além disso, Natália completa: “precisamos exigir também como sociedade mais diversidade nas equipes das empresas de tecnologia que estão produzindo essas ferramentas”.
*Nós estamos com uma cobertura completa sobre o evento SuperMeninas, com GirlUp! Você pode acompanhar toda a nossa cobertura aqui no site da CAPRICHO e também nas nossas redes sociais!