Segundo nota publicada no Diário Oficial da União, Ricardo Salles, o até então ministro do Meio Ambiente, foi exonerado do cargo por Jair Bolsonaro. O antigo advogado da bancada ruralista teria pedido demissão do cargo. No lugar, entra Joaquim Alvaro Pereira Leite, antigo Secretário da Amazônia.
Atualmente, Ricardo Salles estava sendo investigado a pedido da Procuradoria Geral da República por ter possivelmente atrapalhado averiguações sobre uma apreensão ilegal de madeira, a qual Salles havia dito inclusive que não era ilegal. O ex-ministro nega ter cometido irregularidades.
Que plantão da globo delicioso. Agora é #SallesNaCadeia! pic.twitter.com/n2rNW5eE0f
Continua após a publicidade— Gregorio Duvivier (@gduvivier) June 23, 2021
O governo de Salles fica marcado pelo desserviço ao meio ambiente, tendo sido ele apelidado na internet de “ministro da morte ambiente”. Dentre as várias declarações polêmicas que deu, ganhou destaque aquela que rolou em abril de 2020, no início da pandemia de coronavírus no Brasil, quando o até então ministro sugeriu que a COVID-19 fosse usada como cortina para “ir passando a boiada”, ou seja, aprovando ações que poderiam ganhar os noticiários por serem justamente questionáveis, como a PEC 243, cujo intuito é legalizar garimpos e liberar mineração em terras indígenas.
Com o nome envolvido também nas queimadas na Amazônia e no Pantanal, as maiores dos últimos tempos, Salles emitiu uma série de posicionamentos mentirosos sobre a questão, incriminando ONGs sem provas e politizando a natureza, com falas como: “O meio ambiente é um assunto de todos. A esquerda quer preservá-lo a custo do congelamento. A direita tem um visão de mercado, quer levar um desenvolvimento econômico [para a Amazônia]“.