SOS Sexo: ‘Faz mal tomar pílula do dia seguinte com frequência?’

Especialista alerta sobre as consequências de tomar a pílula do dia seguinte muitas vezes e diz quando é mais recomendado fazer o uso deste método

Por Da Redação Atualizado em 29 out 2024, 18h38 - Publicado em 16 jun 2023, 11h54

Muitos mitos e equívocos pairam sobre o uso da pílula do dia seguinte. Para início de conversa, é fundamental entender que ela não é um método preventivo, mas de emergência. Então, diferente das pílulas anticoncepcionais, que devem ser tomadas diariamente, o uso dela é em casos específicos.

Uma dúvida muito recorrente é se tomar a pílula do dia seguinte com frequência faz mal. Para responder, convocamos Mayra Boldrini, ginecologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ela explicou quando e como é recomendado este tipo de método e as consequências de exagerar no seu uso. Vem entender!

“A pílula do dia seguinte é uma contracepção de emergência, que previne uma gravidez não planejada, principalmente quando utilizada nas primeiras 24 horas. Mas o tempo limite que ela pode ser utilizada é 120 horas (5 dias) após a relação sexual – mas com o passar do tempo, ocorre uma pequena diminuição da eficácia, viu? Vale ressaltar que ela não funciona quando a pessoa já está grávida e também não previne infecções sexualmente transmissíveis.

Não existe na literatura uma frequência aceitável para o uso da pílula do dia seguinte, mas é importante pensar na real necessidade de uso dela. O método é indicado quando há uma falha conhecida ou presumida no uso de outros métodos de contracepção. Por exemplo, em situações onde há o esquecimento do uso de preservativo ou o rompimento dele durante o sexo. Quando acontece um erro na tomada das pílulas contraceptivas ou um atraso nas injeções mensais, a pílula também é indicada.

O intervalo para fazer o uso novamente da pílula com segurança é de cinco dias. Contudo, é muito importante entender as consequências de usá-la com uma frequência mais elevada. A principal delas é a diminuição progressiva da eficácia desse contraceptivo. Ou seja, o uso repetitivo acaba comprometendo o efeito, sim. Além disso, eficácia dela vai ser sempre menor do que a obtida com o uso de um método contraceptivo de rotina”.

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