m boletim epidemiológico, divulgado nesta semana, apontou que casos de infecção por HIV na cidade de São Paulo tiveram queda de 54% nos últimos 7 anos. A queda foi maior entre jovens de 15 a 29 anos, com redução de 57,3% de novas infecções. Segundo especialistas, políticas de prevenção, como a ampliação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), são os principais responsáveis pelos avanços reportados.
Ainda não sabe o que é e como funciona a PrEP? O SOS sexo desta semana te explica! Convidamos o médico Vinícius Lacerda, especialista em saúde para o público LGBTQIAPN+, para esclarecer as principais questões sobre o tema. Confira a seguir.
O que é a PrEP?
PrEP é uma das formas de prevenção ao HIV, no qual a pessoa, que não vive com vírus, toma comprimidos antirretrovirais, antes das relações sexuais – isso impede que a pessoa se infecte pelo vírus do HIV.
Existem duas formas de se tomar PrEP:
- Na PrEP sob demanda, o paciente toma dois comprimidos até duas horas antes de ter a relação sexual. E, depois, ele deve tomar mais dois comprimidos: um 24 horas e outro 48 horas depois da primeira dose;
- Existe ainda o esquema diário de PrEP. Nesse caso, para se prevenir, a pessoa vai tomar um comprimido todos os dias.
Como PrEP funciona?
A PrEP, combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina), impede a entrada do vírus do HIV na célula de defesa, chamada o linfócitos T CD4. Ao fazer isso, o vírus não se multiplica e, consequentemente, a infecção não se alastra.
Em quanto tempo a PrEP começa a fazer efeito?
Depende do tipo de relação sexual. Para ficar protegido durante o sexo anal, é preciso tomar os comprimidos 7 dias seguidos para poder fazer efeito ou, então, tomar os dois comprimidos até duas horas antes da relação. Já na relação vaginal, é necessário 21 dias seguidos tomando a medicação para ter a mesma proteção.
Vale ressaltar que a pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Quem pode usar a PrEP?
Normalmente, a PrEP é indicada para homens gays e bissexuais, pessoas trans, pessoas privadas de liberdade e, principalmente usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo. Casos que não estão nesses grupos, no entanto, podem conversar com um médico sobre necessidade do uso do medicamento.
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