nvolvimento com a bomba atômica, tinta de barco e pasta de dente: o glitter tem se envolvido em mistérios que impulsionam teorias da conspiração criadas a desvendar do que e como ele é feito e para quem ele é vendido. Essa história, embora continue em alta nas redes por suscitar a imaginação das pessoas, não é recente.
A polêmica do glitter começou ainda em 2018, quando o New York Times publicou uma matéria chamada “O que é o glitter?”, onde a jornalista Caity Weaver pôde investigar as maiores empresas produtoras de glitter dos Estados Unidos. A grande suspeita surgiu após Caity receber respostas vagas e até proibição de saber como o glitter é feito ou quem é o maior comprador de glitter – e, consequentemente, no que é utilizado.
Quando a matéria foi ao ar, usuários das redes começaram a investigar por conta própria e tentar entender quais empresas compram o glitter – e não, a resposta não é simplesmente o mercado do Carnaval, por exemplo! Entre as principais suspeitas, foi a de que o glitter é utilizado na composição de tintas de navio, o que promove ainda mais a contaminação dos oceanos por suas partículas de microplástico.
Outras, de que os maiores compradores de glitter o utilizam na pasta de dente, o que também é maléfico não só para a saúde dos seres humanos, como também dos seres marinhos. Contudo, a teoria da conspiração que mais ganhou repercussão foi a de que as partículas brilhantes sejam compradas por empresas bélicas para a construção de armas explosivos e bombas atômicas.
A conexão dessa teoria, em especial com a bomba atômica, não é por acaso. Henry Ruschmann, o criador do glitter, foi um dos responsáveis pela criação da bomba atômica em 1945, ao lado de Robert Oppenheimer. Ruschmann, na verdade, trabalhava com cortes de papel, alumínio e lâminas de precisão e, sem querer, percebeu que os restos dos cortes eram glitter.
Essa sua habilidade de cortar precisamente foi o que motivou seu convite para auxiliar na construção da bomba, não o glitter. Mesmo assim, para a galera nas redes, esse envolvimento foi o suficiente para acreditarem que, até hoje, há ligação entre as partículas brilhantes e bombas.
Seis anos após a reportagem feita no New York Times, o mistério não foi solucionado e o maior comprador de glitter, não divulgado. Entretanto, sabe-se mais sobre a produção dele e a contaminação já alarmante nos oceanos. Por isso, o indicado é a utilização do bioglitter, feito a partir de compostos biológicos e que não representa perigo às vidas marinhas, em especial.
E você, já conhecia a teoria da conspiração do glitter?