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Você está trabalhando para desenvolver o seu repertório emocional?

Ter um repertório emocional rico significa mais recursos internos para lidar com diferentes emoções e circunstâncias

Por Juliana Morales Atualizado em 29 out 2024, 15h29 - Publicado em 12 ago 2024, 17h33
A

maneira que você reage aos desafios do dia a dia e como se relaciona com os outros está muito relacionada com seu repertório emocional. Por isso, entender esse conceito e trabalhar para desenvolvê-lo vai trazer mudanças significativas na sua vida e na sua saúde mental, viu?

A neuropsicóloga Marcella Bianca explica à CAPRICHO que “repertório emocional refere-se ao conjunto de emoções, sentimentos e experiências emocionais que uma pessoa acumula ao longo da vida”.

 

 

Em outro texto da CAPRICHO sobre instabilidade emocional, a psicóloga Luciana Garcia, falou sobre como falta de repertório emocional afeta muitos jovens. “Nós nascemos com o aparato emocional, sentimos todas as emoções, mas, muitas vezes, não temos repertório para lidar com elas de maneira funcional e adequada ao longo da vida. É importante saber nomear, reconhecer, acolher e reagir”, explica.

Ter um repertório emocional rico e variado significa conseguir identificar o que sente em diferentes situações e validar esses sentimentos. “Isso permite que a pessoa tenha mais recursos internos para lidar com diferentes emoções e circunstâncias, promovendo maior resiliência, equilíbrio e bem-estar”, ressalta Marcella.

Sinais de que você tem um bom repertório emocional

Para a neuropsicóloga, entrevistada pela CAPRICHO, uma pessoa com bom repertório emocional:

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– Consegue identificar, compreender e expressar suas emoções de forma adequada;

– Sabe regular suas emoções, mantendo-se calma e centrada mesmo em situações difíceis;

– É empática, conseguindo perceber e respeitar as emoções dos outros, o que facilita a construção de relacionamentos saudáveis e significativos;

– É flexível, adaptando suas respostas emocionais conforme o contexto, o que contribui para uma vida mais equilibrada e satisfatória.

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Como desenvolver o repertório emocional?

Marcella reforça que desenvolver o repertório emocional requer autoconhecimento e prática. Duas forma de fazer isso, segundo a especialista, são por meio da reflexão pessoal e do diálogo interno. Ou seja, “dedicar momentos para pensar de maneira mais profunda sobre suas emoções”, explica.

Olhar para os outros nesse processo também é muito importante, como indica Marcella sobre leitura emocional. “É sobre praticar a análise, a percepção das emoções em você mesmo e nos outros, observando como diferentes situações afetam as emoções e atravessam sua vida”, diz.

Além disso, a neuropsicóloga elenca mais uma prática essencial para enriquecer o repertório emocional: se abrir para novas experiências. Isso é, se expor a novas situações e interações, entrando em contato com novas emoções e contextos.

“Por fim, a terapia age no intuito de explorar e entender melhor o que se passa em nós mesmos e é muito útil na formação do repertório emocional”, acrescenta Marcella.

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Mais dicas para desenvolver o repertório emocional

Marcella aconselha que, para os jovens, é importante começar a construir um bom repertório emocional desde cedo. “Para isso, existem algumas práticas que, juntas, ajudam na construção e fortalecimento desse repertório e servem como dica para o público da CAPRICHO”, diz a especialista. Confira!

Tenha um diário emocional

A primeira dica é manter um diário e nele anotar suas emoções e experiências. Isso pode ajudar a aumentar o autoconhecimento.

Converse abertamente

“Encorajo que falem abertamente sobre suas emoções com amigos, familiares ou um profissional, sem medo de julgamentos. Essa é uma boa forma de explorar e organizar o que se sente”, diz a neuropsicóloga.

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Pratique o Mindfulness

Mindfulness consiste em direcionar o foco no presente, explica Marcella: “Essa prática pode ajudar os jovens a criarem maior consciência e entendimento de suas emoções no momento em que elas ocorrem”.

Explore e seja criativo

Segundo a especialista, experimentar novas atividades, como artes, esportes, ou outras formas de expressão, é uma forma de desbravar as possibilidades que a vida oferece e pode expandir o repertório emocional, além de ajudar a desenvolver uma maior resiliência.

 

 

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