Aespa: o que você precisa saber sobre a nova girl group da SM

Conheça Winter, Karina, Ningning, Giselle, e todas as reflexões que o projeto gerou por incluir avatares e inteligência artificial no K-pop

Por Amábile Reis 30 out 2020, 16h52

A agência SM Entertainment, encabeçada por Lee Soo-Man — um dos maiores nomes da indústria do K-pop —, anunciou no dia 25 de outubro o lançamento de um novo girl group: Aespa. O nome é uma junção das palavras em inglês para “avatar”, “experiência” e “aspecto” e significa “poder viver a experiência de um novo mundo por meio de um novo avatar de si mesmo”, disse a empresa em um comunicado. Parece promissor, né? Aespa será o primeiro grupo feminino da SM em seis anos.

Logo no dia 26, a primeira integrante foi revelada. Winter, que tem 19 anos e nasceu na Coreia do Sul, é uma trainee promissora e com habilidades únicas de canto e dança. Em uma atmosfera colorida e lúdica, as imagens da jovem destacaram sua beleza e chamaram atenção pelo conceito:

Depois, foi a vez de Karina, de 20 anos, brilhar. Conhecida na cena como Yoo Jimin, seu verdadeiro nome, ela é trainee na SM há alguns anos e também já participou do mv e das promoções do single Want, do cantor Taemin. Com essa bagagem de dar inveja, Karina foi descrita como versátil em canto, dança e rap, e deve ocupar o posto de líder do grupo:

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Ningning foi o terceiro nome revelado. A integrante de 18 anos, nascida na China, arrancou suspiros e alegrou o fandom com seu ensaio fotográfico. Ningning está na SM desde 2016, quando esteve no projeto SMROOKIES:

Giselle, a última integrante divulgada até o momento, possui nacionalidade japonesa-coreana e provavelmente será a rapper principal. Além de talento vocal, a artista de 20 anos domina os idiomas coreano, inglês e japonês:

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Como a SM é famosa por ter lançado grupos femininos poderosos ao longo da história como Girls’ Generation, f(x) e Red Velvet, as expectativas para Aespa estão altíssimas — e os fãs já começaram a especular sobre a nova aposta.

No dia 28 de outubro, durante a primeira edição do Fórum Mundial da Indústria Cultural, Lee Soo-Man falou sobre como a SM está se preparando para o futuro devido à pandemia de COVID-19, e revelou ainda quais são os projetos que ele pretende executar em breve. Segundo Lee, a criação do SM Culture Universe, uma espécie de universo compartilhado incluindo grande parte de seus artistas, dará início ao futuro do entretenimento rompendo barreiras entre o físico e o virtual. No SMCU, grupos como Aespa, SuperM e NCT poderão compartilhar histórias, conceitos e músicas de forma inovadora com o público. “No mundo das celebridades, os robôs alimentados por big data vão desempenhar um papel significativo. Mais importante ainda, o desenvolvimento da tecnologia de IA permitirá que avatares personalizados se adaptem à vida das pessoas”, explicou. Ele apontou também que pessoas irão coexistir com seus avatares “como uma pessoa viva, como um amigo”.

A grande surpresa do fórum ficou por conta da apresentação especial de Karina e de sua avatar, chamada My Karina. No vídeo divulgado, a idol, e sua versão virtual, aparecem juntas, dançam e interagem entre si. De acordo com o empresário “as integrantes reais irão promover como qualquer outro artista, mas o mundo virtual se tornará um novo espaço, onde os avatares também se promoverão. As duas partes do grupo serão divulgadas online e offline, criando, assim, uma ponte entre o mundo real e o virtual”, disse.

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Nas redes sociais, a novidade também gerou reflexões entre os fãs de K-pop. Muitos apontaram uma possível desumanização dos artistas com os avanços da IA no segmento. Isso porque a indústria já enfrenta críticas sobre objetificar e padronizar idols apenas como produto de consumo, excluindo sua personalidade ou vivência pessoal. Para outros, ter acesso a uma versão avatar de seu artista favorito pode gerar interações negativas e alimentar o comportamento saesang — termo utilizado para identificar fãs com hábitos obsessivos por um artista.

Vale lembrar que a SM já trabalha com inovação tecnológica para o entretenimento há algum tempo. Em 2015, por exemplo, a empresa sul-coreana lançou School OZ, intitulado como o primeiro “holograma musical” do mundo, e estrelado por inúmeras estrelas da casa, como Suho, do EXO, e Key, do SHINee. Na aventura fantasiosa, inspirada na obra do autor L. Frank Baum, os idols cantam e dançam em versão digital projetadas por holografia.

No K-pop, a girl group K/DA, formado por personagens do game League of Legends também é interpretado por vocais de cantoras reais e mistura uma tecnologia similar para performar. Em 2018, o grupo se apresentou durante a final do campeonato mundial de LOL e seu single de estreia foi parar no topo do chart World Digital Song Sales da Billboard.

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Se essa empreitada vai agradar o público, nós ainda não sabemos. Por enquanto, estamos ansiosos para conferir o debut oficial de Aespa, que tem data de estreia marcada para o mês de novembro.

Qual a sua opinião sobre Aespa e seus avatares virtuais?

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