Brasil em Berlim: O Último Azul leva Urso de Prata e reforça legado
Com Rodrigo Santoro no elenco, longa do pernambucana Gabriel Mascaro é consagrado em um dos maiores festivais de cinema
cinema brasileiro brilhou mais uma vez no Festival de Berlim! O Último Azul, novo filme do pernambucano Gabriel Mascaro (diretor de Boi Neon e Divino Amor), conquistou o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri, consolidando-se como um dos destaques da 75ª edição do evento.
A produção, estrelada por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo, se passa em um Brasil futurista e distópico, onde idosos são exilados para uma colônia habitacional na Amazônia. No centro da trama, Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos, desafia seu destino e embarca em uma jornada pelos rios antes de perder a liberdade.
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O reconhecimento em Berlim não é novidade para o Brasil. O país já levou para casa o cobiçado Urso de Ouro com Central do Brasil (1998) e Tropa de Elite (2008), além de outros prêmios marcantes, como os Ursos de Prata para Os Fuzis (1964), Brasil Ano 2000 (1969) e A Queda (1976). Mais recentemente, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014) e Que Horas Ela Volta? (2015) também foram premiados em mostras paralelas do festival.
Além do Urso de Prata, O Último Azul também faturou o prêmio do júri ecumênico, que celebra filmes com forte impacto espiritual, humano ou social, e venceu o prêmio dos leitores do jornal alemão Berliner Morgenpost. O diretor Gabriel Mascaro comemorou emocionado: “A gente fez um filme com muita sinceridade, muito carinho, muita verdade. Espero que ele toque o coração do brasileiro.”
A 75ª Festival Internacional de Cinema de Berlim ainda consagrou Dreams (She Love) com o Urso de Ouro, enquanto The Message levou o prêmio do júri. Os prêmios de atuação ficaram com Rose Byrne (If I Had Legs I’d Kick You) e Andrew Scott (Blue Moon).
Com estreia prevista para 2025 no Brasil e já vendido para mais de quinze países, O Último Azul reforça a força do cinema brasileiro no circuito internacional.
